Ortopedia

Cirurgia endoscópica de coluna tem menos efeitos colaterais

Escrito por:Redação SO.U + Bem Estar | 3 minutos de leitura

Técnica é menos invasiva, tem recuperação mais rápida e menor risco de complicações

Informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que 80% da população mundial sofre de dor na coluna. Os números sobre o Brasil não são nada desprezíveis: 40 milhões de pessoas são afetadas pelo problema, que tem na hérnia de disco uma de suas principais causas. Cerca de 300 mil brasileiros são operados por ano para tratar a hérnia de disco.

A cirurgia tradicional apresenta bons resultados em relação a sua eficácia. No entanto, ela pode resultar em complicações, como infecções, e ainda requer um longo tempo de reabilitação do paciente. A literatura a respeito também aponta que o procedimento pode afetar importantes estruturas da coluna, como músculos e ligamentos, danificando-os parcialmente ou totalmente, o que provoca dor e até mesmo disfunção.

Procedimento

No entanto, um método minimamente invasivo, e ainda pouco conhecido no Brasil, evita todos esses problemas. Trata-se da Cirurgia Endoscópica de Coluna Vertebral, que é menos agressiva para o corpo. “Não é mais necessário fazer uma grande incisão para acessar a área lesionada. Os pacientes recebem alta no mesmo dia. Com o auxílio de um endoscópio, uma câmera que amplia as imagens, conseguimos corrigir lesões na coluna preservando as estruturas vizinhas, o que diminui o risco de complicações pós-operatórias e o tempo de recuperação”, afirma o cirurgião de coluna Dr. Bruno Aprile, da Clínica Sou.

Especialistas apontam que a Cirurgia Endoscópica de Coluna Vertebral pode desempenhar um papel importante no tratamento de hérnias de disco em adolescentes, praticantes de esportes competitivos e atletas, que precisam (ou querem) ter uma recuperação funcional mais rápida.

Ainda que seja um procedimento minimamente invasivo, é necessário que se faça uma avaliação clínica e de exames antes de efetuar a cirurgia. O médico deve requisitar que o paciente fique em jejum de oito horas, de líquido e alimentos.  Medidas de assepsia, para evitar infecções, também são adotadas.

Cirurgia endoscópica de coluna tem menos efeitos colaterais

Os benefícios

O risco de fibrose (má cicatrização muscular) e lesão muscular, que costumam causar dores mesmo depois da recuperação completa na cirurgia, passam a ser mínimos. O fato de os músculos ao redor da coluna não serem cortados, mas sim ‘afastados’, causam menos trauma ao organismo do paciente. Desta forma, o risco de sangramento e de infecções é bem menor, tendo em vista que os cortes são menores que nas cirurgias convencionais.

O tempo de permanência no centro cirúrgico é bem menor, a cicatriz deixada é pequena e o paciente pode andar poucas horas depois da cirurgia, recebendo alta no mesmo dia. Com uma recuperação mais rápida, o paciente retorna às atividades profissionais e habituais mais cedo.

Várias outras doenças podem ser tratadas com essa técnica, que tem foco principal na liberação gerada pela compressão nervosa, sem destruir outras estruturas, e portanto minimizando a necessidade do uso de próteses, parafusos ou outros implantes na coluna, assim como os efeitos advindos destes implantes ou travamentos (artrodeses)

Hérnia de disco

A hérnia de disco resulta do desgaste dos discos intervertebrais, cuja função é impedir o atrito e reduzir o impacto entre as vértebras. O desgaste altera o posicionamento do disco e provoca a compressão das raízes nervosas. As regiões cervical e lombar são as mais afetadas em razão dos movimentos e suporte de cargas.

A hérnia de disco tem como causas a predisposição genética, o sedentarismo, o tabagismo e o envelhecimento. O hábito de levantar ou carregar objetos pesados também pode resultar no aparecimento de hérnias de disco.  Só no Brasil, ela atinge cerca de 5,4 milhões de pessoas.

O diagnóstico da hérnia de disco é feito por meio do exame clínico, mas para saber a extensão do problema e confirmar a região afetada é necessário realizar outros procedimentos como raios-X, ressonância magnética e tomografia.

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