Psicólogo Romanni Souza explica como a virada de um ano para o outro pode influenciar nossa vida e fala do valor da jornada além das metas.
No último domingo, a Terra completou sua rotação em torno do eixo, marcando mais uma virada do ano. Do ponto de vista humano, esse evento carrega consigo significados profundos, impactando a mente de maneiras diversas. O psicólogo Romanni Souza, especialista em neurociência comportamental, explica sobre como essa transição anual influencia nossas emoções.
Quando se fala em virada de ano e metas, o psicólogo Romanni Souza traz uma reflexão importante sobre valorizar a jornada. “Além de traçar metas e objetivos, é crucial pensar nas pessoas com quem nos conectamos durante essa jornada. Como exemplo, cito a história de Sísifo, ele foi condenado a empurrar uma pedra até o topo de um monte, sempre que chegava ao objetivo, a pedra voltava a cair e Sísifo para todo o sempre precisava subir com a pedra novamente, o objetivo de nossas vidas não é apenas atingir o topo, tal como o castigo dado a Sísifo, mas sim valorizar cada dia da jornada.” conta o psicólogo Romanni.
“Na vida, a semana, o dia, a gente pode fazer o que for, mas chega no final do dia e começa o dia de novo no dia seguinte. A nossa vida, os ciclos, os meses, o ano, é essa montanha de Sísifo, e o objetivo não é necessariamente chegar até o final da montanha”, destaca o psicólogo. Ele sugere que, assim como Sísifo aprendeu a olhar para dentro e valorizar a jornada, podemos encontrar significado nos nossos dias, tornando a jornada mais leve e divertida ao valorizar a presença e as pessoas que caminham conosco.
“A transição de um ano para o outro gera reflexões que normalmente não ocorrem no cotidiano, exercendo efeitos psicológicos sobre o cérebro”, destaca o psicólogo. Essas reflexões, segundo Souza, vão desde a alegria dos reencontros até a pressão associada ao encerramento de um ciclo. Ele ressalta que a síndrome de fim de ano, conhecida como “dezembrite”, pode se manifestar quando as reflexões sobre o ano anterior assumem uma tonalidade mais negativa que positiva.
Veja também: Pressão de fim de ano? Psicólogo dá dicas de como evitar cobranças e frustrações
“O entendimento cultural do tempo como ciclos influencia a maneira como a virada do ano impacta psicologicamente. O cérebro faz um balanço do que foi vivido nos últimos 365 dias, podendo gerar felicidade ou tristeza, dependendo das experiências”, comenta Romanni Souza. Essa autocobrança, segundo o especialista, pode resultar em melancolia, enquanto a pressão para atingir metas renovadas pode desencadear ansiedade e depressão.
As promessas e objetivos estabelecidos na virada do ano podem amplificar os sentimentos negativos associados ao encerramento de um ciclo. Souza destaca que a pressão por produtividade no ambiente de trabalho contemporâneo contribui para a autocobrança, sendo essencial compreender que nem tudo está sob controle.
“Para evitar a pressão do fim do ano, ajuste as expectativas à realidade e trace objetivos menores que contribuam para metas maiores. Cuidar da saúde mental durante as festas inclui evitar comparações com outras pessoas, refletir sobre conquistas e praticar a gratidão”, finaliza o psicólogo.
Em resumo, a mente interpreta a virada como um novo ciclo, possibilitando a adoção de novas atitudes para promover o bem-estar durante esse período.
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