Saúde & Bem Estar

Dia Mundial de Combate a Asma: entenda mais sobre a condição

Escrito por:Redação SO.U + Bem Estar |

O Dr. Marcelo Vivolo Aun comenta a respeito da data e da sua relevância para as pessoas que convivem com essa síndrome.

A Asma pode levar a crises severas e até a morte.

O Dia Mundial de Combate a Asma acontece anualmente na primeira terça-feira do mês de maio. A data existe para conscientizar a população a respeito de uma doença que, ainda hoje, é motivo para internações hospitalares.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 20 milhões de brasileiros possuem asma no país. Dessa forma, esse é um dia para conscientizar a respeito da luta para prevenir e controlar os prejuízos causados pela síndrome — que pode causar crises severas e até morte.

Assim, neste texto você entenderá mais sobre as principais características da doença, como ela se manifesta e possibilidades de tratamento. Para isso, o Dr. Marcelo Vivolo Aun* responderá as perguntas mais comuns sobre o tema.

Acompanhe a leitura!

O que é asma?

Asma é uma doença que se manifesta de forma crônica e causa inflamação nos brônquios da pessoa afetada. Ela também pode receber diferentes nomes, como asma brônquica ou bronquite asmática.

Como você viu, ela é uma das condições crônicas respiratórias mais comuns entre os seres humanos. Além disso, está afetando mais pessoas com o passar dos anos. Estima-se que sua incidência aumentou nos últimos 30 anos.

No entanto, existem determinados tipos específicos da síndrome. Um deles é a asma alérgica, que muitas vezes inicia na infância. Também há a não alérgica ou intrínseca, que ela pode conter células inflamatórias e ser neutrofílica ou eosinofílica.

Em adição a isso, também vale ter atenção à asma ocupacional. Ela tem causa adquirida no ambiente de trabalho. Nos dias atuais, a condição tem apresentações clínicas variadas e possuem níveis de gravidade oscilantes.

“A asma varia desde casos muito leves e com sintomas esporádicos, até casos graves, com sintomas contínuos e idas frequentes a hospitais, até com internações”, comenta o Dr. Marcelo Vivolo Aun.

Ela ainda impacta negativamente no dia a dia do afetado, causando insônia, diminuição do nível de vigor nas atividades, cansaço, afeta trabalho e estudo, entre outros.

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O que causa a asma?

Agora que você sabe o que é a asma, é importante conhecer as principais causas dela. Nesse sentido, o Dr. Marcelo Vivolo Aun destaca que ela ocorre por uma inflamação nos brônquios — que são os tubos que levam o ar aos pulmões.

“A maioria dos indivíduos asmáticos tem uma doença alérgica de base, que inclui uma predisposição genética, associada à exposição a alérgenos e irritantes do ambiente”, contextualiza o médico.

Apesar de existirem sinais que causam essa síndrome, também é possível que ela se manifeste sem nenhuma condição pré existente. Nesses casos, ela é considerada de causa desconhecida.

No entanto, existem certos fatores que podem ter relação com as primeiras manifestações da síndrome. São eles:

  • ácaros de poeira;
  • poluição;
  • fumaça de cigarro;
  • mofo;
  • pólen;
  • pêlos de pets;
  • viroses, resfriados e gripes;
  • mudanças climáticas.

Veja também: Atenção para a saúde no inverno

Quais são os primeiros sinais de asma?

Além de conhecer o que pode causar a asma, é importante saber quais são os primeiros sinais da condição. Dessa maneira, quando eles surgirem, você poderá buscar um especialista com mais rapidez.

Com isso em mente, vale saber que os sintomas de manifestação da síndrome podem ser variados. Contudo, eles costumam incluir:

  • sensação de aperto no peito;
  • falta de ar ou algum grau de dificuldade para respirar (às vezes a respiração fica rápida ou “curta”);
  • chiado no peito ou respirar;
  • tosse

Dia Mundial de Combate a Asma

“O paciente tem 1 ou mais de 4 sintomas que ficam se repetindo e variam ao longo do tempo. Quaisquer um desses sintomas pode ser o primeiro, mas muitas outras doenças têm os mesmos sinais, então é necessária uma avaliação médica para confirmar que se trata de asma”, explica o Dr. Marcelo Vivolo Aun.

É necessário pontuar que esse é um processo que prejudica o organismo como um todo e não apenas o sistema respiratório. A síndrome pode afetar o sono, trabalho, estudo, atividades do dia a dia, entre outros.

O que causam os ataques?

Os ataques, crises ou exacerbações da asma podem ser causados pelos próprios alérgenos, por irritantes ou até por infecções respiratórias. Além disso, as crises podem ser causas frequentes de visitas hospitalares.

Elas são caracterizadas, principalmente, por um aumento significativo na falta de ar, também conhecida como dispneia, tosse e chiado nos pulmões também são sintomas.

É comum que este seja um acontecimento que se agrave com o passar das horas e dos dias, mas também pode ter um efeito imediato. Nos dois cenários, é necessário o auxílio de profissionais da saúde ou do uso de remédios prescritos por um médico.

Ademais, é fundamental ficar atento aos sinais do seu corpo. “Ataques graves podem levar a óbito, infelizmente. Mas, hoje, isso é raro, pois o tratamento regular controla, em 95% dos casos. O risco está nos pacientes que não fazem acompanhamento”, argumenta o médico.

Veja também: Cuidados com o corpo no trabalho

Quais são os métodos usados para melhorar a síndrome?

Como vimos, as crises de asma podem trazer consequências sérias para o cotidiano e a qualidade de vida das pessoas. Por isso, é interessante conhecer os métodos que podem auxiliar na melhora dela.

Muitos deles se iniciam com a higienização de ambientes, principalmente aqueles em que a pessoa com asma transita ou convive. De acordo com o Dr. Marcelo Vivolo Aun, o tratamento tem como base 3 principais pilares:

  1. cuidados gerais: exercício físico balanceado e regular, associado à redução do contato com agentes externos causadores (poeira, por exemplo);
  2. tratamento medicamentoso: mais de 90% dos pacientes controlam sua doença apenas com remédios inalatórios de vários tipos (“bombinhas”, por exemplo), à base de corticóides locais e broncodilatadores, mas existem medicamentos orais e injetáveis para casos selecionados;
  3. imunoterapia alérgeno-específica (a chamada “vacina de alergia”), que é indicada apenas para alguns pacientes com alergia comprovada e que não tenham contraindicação ao procedimento.

Para seguir cada curso de tratamento é imprescindível que seja consultado um profissional da área, como um médico especialista. Dessa forma, ele irá garantir um diagnóstico final e poderá recomendar o tratamento que mais se adeque a sua condição.

A pessoa que tem asma possui limitações?

As limitações do indivíduo dependerão do estágio do tratamento e o início pode ser desafiador, principalmente durante a prática de esforço físico. Nesse cenário, a pessoa fica cansada fisicamente, causando uma piora nos sintomas.

Mas a boa notícia é que após o início e possíveis ajustes no tratamento, os pacientes, geralmente, não apresentam nenhuma limitação para o exercício da sua vida diária. A respeito disso o médico completa: “É só lembrar que há inúmeros atletas olímpicos asmáticos que se tratam corretamente e trazem medalhas e glórias para casa (brasileiros, inclusive)”, diz o Dr. Marcelo Vivolo Aun.

É necessário lembrar de ter empatia e ajudar a disseminar informações de qualidade a respeito dessa síndrome para que mais pessoas possam buscar ajuda para lutar contra essas dificuldades e procurar um especialista.

Veja também: A importância da Vacina no combate a covid 19 e outras doenças

*Dr. Marcelo Vivolo Aun é Médico Alergista, Imunologista, Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e membro da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). 

Sobre o autor

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