O Dia Mundial do Combate à Diabetes é um marco essencial que visa aumentar a conscientização, oferecer suporte educativo e promover a compreensão sobre a diabetes em escala global. Celebrado anualmente em 14 de novembro, esta data destaca a necessidade permanente de enfrentar e controlar a condição.
Ela afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Neste contexto, é fundamental compreender os desafios e avanços no tratamento da diabetes e entender o impacto dos diferentes tipos de diabetes, juntamente, é essencial para abordar essa condição de saúde de forma abrangente.
Neste cenário, a contribuição de profissionais especializados é fundamental. Para este artigo, a Dra. Fernanda Cortez, especialista em Endocrinologia e Diabetes, oferece insights valiosos e perspectivas fundamentadas para a compreensão e manejo dessa condição de saúde.
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O que é e quais são os tipos de diabetes?
A diabetes é uma condição crônica que afeta a forma como o corpo processa a glicose (açúcar) no sangue. Ela é causada por uma incapacidade do corpo de produzir ou utilizar adequadamente a insulina, o hormônio responsável por regular os níveis de glicose. Assim, existem diferentes tipos de diabetes.
- Diabetes tipo 1: Geralmente diagnosticada em crianças e adultos jovens, neste caso, o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. Isso resulta em uma produção insuficiente de insulina, levando a níveis elevados de glicose no sangue;
- Diabetes tipo 2: É mais comum e ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la eficazmente. Pode estar relacionada a fatores genéticos, obesidade, estilo de vida sedentário, dietas pouco saudáveis e envelhecimento;
- Diabetes gestacional: acontece durante a gravidez e tende a se estender até o final da gestação. Ela é causada por conta do ganho de peso da pessoa que está gestante. Contudo, apesar da tendência, ela pode deixar a mãe com uma maior propensão ao desenvolvimento do tipo 02 da doença;
- Diabetes em outras patologias: existem doenças que podem desenvolver a diabetes em algumas pessoas, tais como pancreatites alcoólicas, uso de determinados medicamentos, dentre outros.
A diabetes não controlada pode levar a complicações de saúde graves, incluindo doenças cardiovasculares, danos nos rins, problemas oculares, danos nos nervos e outros problemas de saúde crônicos.
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Quais são os tratamentos indicados para as diferentes formas de manifestação da doença?
No contexto do Dia Mundial do Combate à Diabetes, Dra. Cortez enfatiza a necessidade urgente de conscientização. “Vivemos em um mundo repleto de distrações, ansiedade e hábitos alimentares descuidados. É crucial prestar atenção à escolha e à quantidade de alimentos, pois a alimentação desequilibrada está diretamente ligada ao aumento dos casos de diabetes e obesidade,” destaca.
Ela pontua sobre a importância de estratégias como atividade física regular, alimentação equilibrada, controle do estresse e sono de qualidade para prevenir e gerenciar a diabetes. A Dra. Fernanda Cortez adverte sobre o consumo excessivo de açúcar, carboidratos e alimentos processados.
O tratamento para o tipo 1 da doença, de maneira geral, é a administração da insulina. Uma vez que o paciente não produz o seu estoque de insulina. No caso da diabetes tipo 2, o tratamento necessita de um conjunto de fatores.
“No caso do tipo 2, vai depender muito do grau e do estágio da diabetes. Se você consegue tratar sem medicação, se está no início da condição, pode tentar adotar um estilo de vida saudável, melhorando os hábitos alimentares, reduzindo o consumo de açúcar e carboidratos, praticando atividade física”, afirma a médica.
Contudo, a abordagem do tratamento pode ser realizada com medicação desde o início da condição, caso seja indicado. De acordo com a especialistas, a metformina é uma das opções mais comuns no início do tratamento.
É crucial descobrir a diabetes cedo, pois isso influenciará significativamente no tipo de tratamento que será necessário para aquele paciente. Contudo, “a medicação, por si só, não é suficiente se não for acompanhada por mudanças nos hábitos de vida, como a prática regular de atividade física e uma alimentação balanceada”, diz ela.
Qual é a importância da prevenção e autocuidado?
A importância da prevenção e do autocuidado na diabetes é fundamental para reduzir o risco de complicações e melhorar a qualidade de vida. Aqui estão alguns pontos que estão entre os mais importantes.
- Prevenção de complicações: o autocuidado e a prevenção ajudam a evitar complicações a longo prazo associadas à diabetes, como problemas cardíacos, renais, oftalmológicos e neurológicos;
- Controle dos níveis de glicose: ao adotar práticas de autocuidado, como monitorar a dieta, praticar exercícios regulares e tomar medicamentos prescritos, é possível controlar os níveis de glicose no sangue, o que reduz o risco de complicações;
- Melhoria da qualidade de vida: o autocuidado, especialmente no que diz respeito à alimentação saudável, exercícios regulares e gerenciamento do estresse, contribui para uma melhor qualidade de vida, reduzindo os impactos da diabetes na rotina diária;
- Empoderamento do indivíduo: O autocuidado capacita as pessoas a gerenciar sua condição de saúde, promovendo um maior senso de controle e autonomia sobre seu bem-estar.
Veja também: 5 dicas valiosas para alcançar um envelhecimento saudável
Em suma, a prevenção e o autocuidado na diabetes são essenciais para minimizar os impactos negativos da doença, melhorar a qualidade de vida e promover um enfoque proativo na gestão da condição.
Essas práticas não apenas ajudam a prevenir complicações, mas também capacitam as pessoas a viverem de maneira mais saudável e equilibrada.
Atividade física é essencial?
Como você conferiu anteriormente, a atividade física e as mudanças de hábitos, de maneira geral, são essenciais para a prevenção e controle da diabetes. A respeito disso, a especialista chama atenção para a criação desse hábito.
“Neste caso, a atividade física é tão importante não só para o controle do açúcar, mas para você prevenir essa perda de massa muscular. Isso tudo é, de fato, auxiliado pela medicação que vai fazer o controle da diabetes”, explica a médica.
Ainda de acordo com a endocrinologista é fundamental ter um momento de parada, análise pessoal e cuidado com o seu corpo e mente. “Sem saúde a gente não consegue trabalhar, não consegue dar conta do dia a dia. Então, a saúde engloba a alimentação, a atividade física, os seus pensamentos, o seu sono, a sua energia, aquilo que você emana para o universo”, afirma ela.
Só a medicação é suficiente?
Apesar do papel fundamental no tratamento, o medicamento sozinho pode não ser o suficiente para garantir uma melhor qualidade de vida. A médica lembra que a medicação é “uma muleta, não o salvador”.
“Nós somos um corpo interligado, a gente tem que tratar corpo, mente e espírito. Então, mudança de qualidade de vida, nos nossos hábitos, tomar medicação corretamente quem precisa, se atentar isso já vai fazer uma grande diferença no nosso dia a dia”, finaliza a Dra. Fernanda Cortez.
*Dra. Fernanda Cortez – Formada em Ciências Médicas pela Faculdade Santa Marcelina; Internship em Endocrinologia e Diabetes pelo Joslin Diabetes Center, da Harvard Medical School, em Boston – Estados Unidos; pós-graduada em Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia); pós-graduada em Nutriendocrinologia Funcional; e pós-graduada em Tricologia (medicina do cabelo) pela BWS. Instagram: https://www.instagram.com/drafernandacortez/
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