Saúde & Bem Estar

A importância da Vacina no combate a covid 19 e outras doenças

Escrito por:Redação SO.U + Bem Estar |

O médico Marcelo Aun traz informações sobre as vacinas e a sua importância no combate a doenças diversas

Ao longo do tempo as vacinas foram e continuam sendo poderosos imunizantes para a humanidade. Eles agem na prevenção de doenças agressivas — como a própria Covid-19. Dessa forma a distribuição do produto para toda a população é extremamente necessária.

Nesse cenário, o Sistema Único de Saúde (SUS) é um mecanismo eficiente e de referência mundial  na distribuição de vacinas gratuitas para toda a população. Graças a esse avanço da ciência foi possível erradicar doenças como varíola e controlar outras como: poliomielite, febre amarela, entre outros.

Além disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente existem por volta de 20 enfermidades que são prevenidas por meio da vacinação. Estima-se que, por conta das vacinas, mais de 3 milhões de pessoas sejam salvas por ano.

As vacinas também são a grande esperança para erradicar o coronavírus do mundo. Ao todo 14 imunizantes estão em uso no planeta. Para falar sobre a importância da vacinação e imunização contra o covid-19, o Dr. Marcelo Aun*, alergista e imunologista, traz informações a respeito da temática. Confira a seguir.

Como as vacinas agem para prevenir doenças como a covid-19?

Antes de entender mais sobre a importância das vacinas, é importante compreender como elas agem. Em linhas gerais, a defesa do organismo funciona da seguinte forma: ao ser atacado por um agente externo, o sistema imunológico reage em cadeia com o único objetivo de frear a infecção. Apesar de ter um funcionamento importante para a sobrevivência humana, nem sempre as nossas defesas conseguem conter a ação desses agentes.

Por isso, as vacinas agem diretamente para reforçar essa proteção natural do organismo. “Nosso sistema imunológico é dividido em dois grandes blocos, o sistema imune inato, também conhecido como imunidade inata ou natural, e o outro que é a imunidade adaptativa ou adquirida”, explica o Dr. Marcelo Aun.

Com esse desenho de organismo, é possível fazer algumas adaptações por meio de vacinas. O sistema imune inato é o que responde de forma mais rápida mas nem sempre consegue conter de forma satisfatória os agentes prejudiciais. “A imunidade adquirida é mais demorada mas possui maior especificidade, dessa forma ela é mais ‘caprichada’”, afirma o médico.

O estímulo para a produção de mais defesas específicas se dá pela aplicação das vacinas. Com o imunizante é possível induzir uma resposta de células e de anticorpos específicos direcionados a bloquear aquela infecção. Dessa forma, quando o ataque real acontece, o organismo está preparado para combater de forma eficaz o agente estranho.

“Quando eu crio uma vacina quero que ela afete ambos os sistemas, inato e adaptativo, mas eu estou querendo, de fato, atingir o sistema adaptativo para que ele conheça os antígenos daquele agente causador. Sendo assim, de maneira antecipada ele prepara essa primeira resposta que, em geral, é mais demorada, então quando a infecção real chegar ao organismo, ele já vai ter uma resposta mais eficiente”, explica o imunologista.

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Os negacionistas e antivacinas tem alguma base para as suas preocupações?

O Brasil é referência em vacinação, como foi dito anteriormente, mas ainda é um país que enfrenta um forte negacionismo por parte da população. O movimento é caracterizado por não ter uma sustentação com comprovação científica para as suas preocupações. Ele é baseado em discursos inflamados e conspiratórios, bem como teorias inverídicas

“Esse movimento [negacionista] surgiu há algumas décadas atrás por conta de um estudo de um pesquisador estrangeiro, baseado em dados inverídicos em que afirmava que as vacinas provocavam autismo em crianças. Esse estudo foi desmentido e o pesquisador não conseguiu se defender e comprovar os dados afirmados. Por conta disso, o responsável por ele perdeu o seu registro como médico e pesquisador”, contextualiza o Dr. Marcelo Aun.

Atualmente esse movimento também atua durante a pandemia mundial do Covid-19. Ele alega que as vacinas são apenas testes com a população, não possuem eficácia e são prejudiciais à saúde.

Embora seja um fato que algumas vacinas, como a de covid-19, podem causar algumas reações, como dor no corpo, até febre moderada, esses sintomas não fogem do esperado por especialistas. “Os efeitos adversos existem, são em geral leves e controláveis, embora ocorram eventos graves, que são bastante raros”, comenta o Dr. Marcelo Aun.

O negacionismo está influenciando os brasileiros a evitar vacinas como a contra o covid-19 e outras como sarampo, hepatite A, meningocócica C, BCG, entre outras. Esse movimento ignora o potencial destrutivo das doenças e coloca em risco boa parte da população.

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Qual é a importância da vacinação contra covid-19?

Na infância, é possível iniciar o ciclo de vacinas que visam proteger a saúde contra enfermidades que possam atingir as menores faixas etárias. Com o crescimento a criança deve desenvolver o seu sistema imunológico juntamente com outras habilidades.

Mas no caso das vacinas contras covid-19 ainda é necessário cautela pois a etapa de estudos ainda não evoluiu para essa população. “O que acontece é que temos que pensar na segurança e não só na eficácia. Atualmente, não temos dados sobre a vacina em bebês ou em crianças de menos de 11 anos, então vamos demorar mais um tempo para obter essas informações”, destaca o médico.

A vacina contra o coronavírus tem como objetivo principal a diminuição de casos graves da doença e, com o tempo, reduzir a circulação do vírus. Entre as principais vantagens de se imunizar estão:

  • salvar a sua vida e de entes queridos;
  • reduzir números de atendimento em unidades hospitalares;
  • proteger pessoas vulneráveis;
  • retornar a rotina normal com amigos e família;
  • manter as gerações futuras em segurança

Além dos já citados, é importante falar sobre a segurança dos imunizantes que estão disponíveis hoje. As vacinas como Coronavac, Astrazeneca, Pfizer, entre outras, passaram por um processo rigoroso de verificação, estudos e testes, elas são seguras e eficazes contra um vírus que, até pouco tempo atrás era desconhecido por boa parte da população mundial.

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Como funciona o processo de liberação de uma vacina?

O processo de desenvolvimento de uma vacina é muito delicado e precisa de testes específicos para garantir a sua eficácia e possíveis efeitos que possam ser causados. “Toda pesquisa para desenvolvimento de uma nova vacina ou medicamento começa com testes in vitro, ou seja, nenhum ser vivo está envolvido nessa primeira fase do desenvolvimento. Dessa forma é feito uma primeira apresentação no tubo de ensaio”, salienta.

Assim, as etapas para a aprovação de uma vacina consistem em:

  1. identificar o agente causador da enfermidade;
  2. divisão do vírus para fragmentação e produção dos antígenos;
  3. testes em animais;
  4. testes em humanos;
  5. produção para a distribuição.

Após todo o procedimento de aprovação laboratorial e estudos clínicos em animais e pessoas, é possível obter uma vacina que seja eficaz e possua mínimos efeitos colaterais para o corpo humano.

Com a vacinação é possível conter, de forma eficaz, a pandemia do covid-19. “Não há a menor dúvida, está ficando difícil negar a capacidade das vacinas diminuírem internações e mortes, é brigar com o óbvio”, finaliza o Dr. Marcelo Aun.

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*Dr. Marcelo Vivolo Aun é Médico Alergista, Imunologista, Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e membro da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). | (11) 3887-2740 | Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4267 – Jardim Paulista, São Paulo – SP, 01401-002

Sobre o autor

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