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Alzheimer: Entenda os Sintomas, Diagnóstico e como Prestar Cuidados Adequados

Escrito por:Redação SO.U + Bem Estar |

Tudo o que você precisa saber sobre os sintomas, o diagnóstico e como cuidar de maneira adequada de um paciente que sofre com o mal de Alzheimer.

Ao longo dos últimos anos a expectativa de vida vem aumentando significativamente. Contudo, o envelhecimento pode trazer algumas preocupações, sobretudo a possibilidade de adquirir determinadas doenças mais recorrentes em idosos. Entre essas doenças está o Alzheimer, responsável por limitar as funções cognitivas e, muitas vezes, físicas. Por ainda não ter uma cura, esses casos se tornam ainda mais delicados, com o aumento progressivo dos impactos negativos que ela traz para os indivíduos.

O que é o Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que acarreta na perda das funções cognitivas, como a memória, a capacidade de se localizar no tempo e espaço, a fala, entre outras.Esse distúrbio costuma começar em um grau leve, marcado por pequenos esquecimentos.

À medida que a doença progride, as consequências se tornam mais graves. Pessoas em estágios mais avançados de Alzheimer podem esquecer os nomes de familiares próximos, sua história de vida e até mesmo onde mora.

A doença é desenvolvida por conta de duas proteínas que se estabelecem no cérebro. A primeira delas é a beta-amiloide, que se instala nos espaços existentes entre os neurônios. A segunda é a tau, que fica concentrada dentro dos neurônios.

Com a presença dessas duas proteínas, acontece uma perda progressiva de neurônios no hipocampo — uma pequena formação no cérebro que é responsável por formar novas memórias, atuar no aprendizado e nas emoções. Além disso, o córtex cerebral também é prejudicado.

Esse processo de morte das células neuronais comprometem a capacidade do indivíduo de acessar os conhecimentos adquiridos ao longo da vida, lembrar de experiências, se comunicar e raciocinar.

Alzheimer Entenda os Sintomas, Diagnóstico e como Prestar Cuidados Adequados

Quais são as fases do Alzheimer?

Como falamos no início do artigo, o Alzheimer começa de maneira leve — com pequenos esquecimentos — e vai avançando com o tempo. É importante ressaltar que o progresso da doença vai depender de cada indivíduo, por isso as fases podem ocorrer em ritmos diferentes ou se misturarem.

Para fins médicos, as fases do Alzheimer são divididas em três etapas.

Veja também: Alzheimer: O que é? Sintomas e tratamentos

Fase inicial

Esse período é marcado pelo aparecimento dos primeiros sintomas, muitas vezes atribuídos ao envelhecimento normal ou a estresse diário. Alguns sinais que pode ajudar a identificar a doença, são:

  • Dificuldade em lembrar nomes e eventos recentes;
  • Dificuldade em encontrar as palavras certas para se expressar;
  • Dificuldade em planejar e organizar tarefas;
  • Desorientação em relação ao tempo e lugar.
  • Dificuldade em lidar com finanças e gerenciar compromissos;
  • A pessoa ainda é capaz de realizar atividades do dia a dia, mas pode precisar de ajuda com tarefas mais complexas.

Fase moderada

A segunda fase do Alzheimer é um estágio intermediário. Nesse caso, a doença começa a manifestar sintomas mais fortes. Por esse motivo, a rotina do indivíduo é afetada significativamente. Entre os sinais estão:

  • Dificuldade em lembrar eventos recentes e passados;
  • Dificuldade em reconhecer pessoas conhecidas;
  • Mudanças na personalidade e no comportamento, que podem incluir irritabilidade, agitação e ansiedade;
  • Dificuldade em realizar tarefas rotineiras, como vestir-se ou tomar banho.
  • Problemas com a coordenação motora;
  • A pessoa pode começar a necessitar de assistência com atividades básicas do dia a dia;

Fase avançada

Esse é o estágio mais grave que o paciente com Alzheimer pode chegar. Nessa fase os sintomas se agravam e a pessoa fica cada vez mais dependente do cuidado de terceiros. Nem mesmo as atividades mais básicas — como de higiene pessoal — podem ser realizadas.

Os sinais atrelados a esse estágio, são:

  • Perda significativa de memória, incluindo esquecimento de informações básicas sobre si mesmo e sobre aqueles ao redor;
  • Dificuldade em falar e comunicar-se de forma coerente;
  • Incapacidade de realizar atividades básicas, como alimentar-se ou controlar as funções corporais;
  • Imobilidade e perda da capacidade de andar;
  • Vulnerabilidade a infecções e complicações relacionadas à imobilidade.

Como Diagnosticar?

O diagnóstico do Alzheimer requer uma série de análises feitas por um médico, que vai analisar o quadro como um todo. Ao investigar se uma pessoa sofre da doença, o especialista vai analisar diversos fatores.

Dentre eles estão o histórico familiar, testes cognitivos para avaliar a memória e o pensamento e os reflexos dessas pessoas na atualidade. Também é necessário realizar exames neurológicos e de sangue.

 

O que fazer ao receber um diagnóstico de Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença que ainda não tem cura. Por isso, a descoberta se torna ainda mais difícil. Contudo, com o apoio de uma equipe multidisciplinar — composta por médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos — é possível receber os cuidados adequados para lidar com o distúrbio.

O diagnóstico precoce do Alzheimer também tem um papel fundamental nesse processo. Quanto mais cedo o paciente descobrir o problema, maiores são as chances de conter os avanços da doença. Por isso, ao perceber sintomas que podem indicar a doença, procure um neurologista para avaliação.

Os sintomas como perda de memória, irritabilidade, interpretações erradas aos estímulos visuais e sonoros, isolamento ou dificuldade de acompanhar conversas, podem indicar o risco de Alzheimer. Mas tenha calma também!

Muitos desses sintomas podem estar relacionados ao estresse diário ou sobrecarga. O melhor caminho é sempre buscar um especialista para ter um diagnóstico concreto.

Cuidados adequados para quem tem Alzheimer

Se você convive com uma pessoa que recebeu o diagnóstico de Alzheimer, saiba que o seu papel é fundamental para promover os cuidados necessários. Essa pessoa precisa de um suporte emocional e físico para garantir uma boa qualidade de vida e segurança.

Algumas orientações que podem ajudar nesse processo são:

  • Promova um ambiente acolhedor para o paciente;
  • Estimule o cérebro e as interações sociais;
  • Estabeleça uma rotina;
  • Fale de forma clara e tranquila;
  • Ofereça apoio emocional;
  • Promova hábitos saudáveis — como uma boa alimentação e prática de atividades físicas.

Tão importante como todos os cuidados citados acima, cuide de você também! Muitas vezes a rotina pode ser cansativa, mas lembre-se que o paciente precisa que você esteja bem para cuidar dele.

Cada pessoa é única, por isso é importante contar com as orientações específicas indicadas pelos médicos.

 

Sobre o autor

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