O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de cirurgias plásticas de mama, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Segundo a entidade, quase 320 mil implantes de silicone são realizados todo ano por aqui. É neste cenário que cresce uma modalidade mais recente e também mais adequada ao ritmo de vida das brasileiras. Conhecido como “técnica de recuperação rápida”, o método viabiliza que a paciente retome seus movimentos dos braços e a rotina como um todo dentro de 24h, com resultados naturais.
Especialista nesse tipo de cirurgia, Dr.Guilherme Bersou, cirurgião plástico pela SBCP, explica que a “mágica” por trás da técnica está ligada ao modelo cirúrgico em si, aliado à adesão da paciente ao protocolo pós-operatório. “Posicionamos a prótese abaixo da musculatura e realizamos um reforço do sulco mamário (a parte inferior da mama) com um fio farpado, que ajuda a fixar melhor os tecidos, chamado de sutiã interno, que também ajuda na estabilização dos implantes”, explica Dr. Bersou, ao complementar com a parte importante que envolve a paciente: “Logo após a cirurgia, promovemos a movimentação dos braços da paciente com exercícios específicos para que o músculo possa ser alongado, gerando menos dor e maior conforto”, finaliza.
O quesito dor, segundo o cirurgião, aparece como uma preocupação frequente das candidatas a cirurgias de mama e, por essa razão, Dr. Guilherme tranquiliza as interessadas no procedimento, ao detalhar esse processo de movimentação para adaptar a musculatura ao novo contexto corporal da paciente. “Para se ter uma ideia, depois de aplicada a técnica cirúrgica, casada com os exercícios, a paciente pode carregar até 15 Kg no mesmo dia da operação”, assegura o especialista, que vem realizando o método há cerca de 3 anos, com quase duas centenas de mulheres atendidas.
“Uma cirurgia comum de implante de próteses mamárias exige que as mulheres parem todas suas atividades por um período de aproximadamente 15 dias para se recuperarem do procedimento. Com a técnica de recuperação rápida, a paciente recebe alta 24 horas após a cirurgia”, informa o cirurgião, reforçando que atividades como lavar os cabelos e dirigir estão incluídas nesse prazo.
Com relação ao grau de segurança oferecido pela modalidade, o cirurgião garante que o procedimento é tão seguro quanto o convencional. “A técnica foi desenvolvida com base em rígidos protocolos de segurança. São baixíssimas as chances de lesões, infecções e complicações pós-cirúrgicas, além disso, também realizamos um criterioso protocolo anestésico para que a paciente sinta pouquíssima dor no procedimento pós-operatório”, afirma. “E para conseguir entregar esse benefício, uma série de fatores são importantes: educação da paciente, escolha correta do implante, anestesia sem ressaca e técnica cirúrgica apurada”, detalha o especialista.
A modalidade é indicada, segundo o cirurgião, para pacientes com mamas pequenas e pacientes com discreta flacidez mamária. “Existe um limite do tamanho que é possível colocar por meio dessa técnica. Para a recuperação ser excelente, temos que respeitar o tamanho máximo permitido para cada tipo de tórax”, define o médico, ao alertar: “Se colocar uma prótese muito grande, forçará demais os tecidos e ligamentos, além disso, o resultado de longo prazo pode ser pior pois perde-se o suporte muscular em muitos casos.
A quem se perguntar sobre os riscos de abertura da cicatriz, considerando que a movimentação quase que imediata é permitida, Dr. Guilherme Bersou tranquiliza: “Isso é extremamente improvável, por conta do tipo de fio farpado que usamos no fechamento da incisão, que tem uma grande força tênsil”.
Veja também: Entenda o que é a lipoaspiração e quais as técnicas deste procedimento são realizadas atualmente
Fonte:
Dr. Guilherme Bersou
- CRM 113239 / RQE 53074
- Graduado pela Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC-SP) (2003)
- Residência de cirurgia geral e, posteriormente, de cirurgia plástica, ambas realizadas no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo
- Especialista pelo Ministério da Educação (MEC)
- Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
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