Você consegue imaginar a sua vida sem o uso dos dispositivos eletrônicos? Computadores, tablets, smartphones — ou mesmo as assistentes virtuais que respondem aos comandos — já se tornaram tão parte das rotinas que é inimaginável não tê-los de fácil acesso. Dispositivos eletrônicos estão cada vez mais em usoaté mesmo para os esportistas.
As novas gerações já nascem completamente conectadas. Contudo, até os mais conservadores se renderam à tecnologia. Mas, afinal, quais são os impactos disso? A lista é imensa — seja com pontos positivos ou negativos — incluindo até mesmo a interferência na saúde mental e física. Nem mesmo os atletas estão longe desses efeitos.
Riscos do uso excessivo de dispositivos eletrônicos para os esportistas
Antes mesmo de listar quais são os riscos, é importante destacar que a tecnologia não deve ser vista como uma vilã. Quando tirado o melhor proveito, ela é capaz de potencializar resultados — como veremos mais na frente. Contudo, tudo que é excesso não é bom.
Desde influenciar a performance durante os treinamentos até causar problemas de saúde, o uso em excesso de dispositivos eletrônicos podem trazer diversos malefícios para a vida dos esportistas.
Sedentarismo
Até mesmo um atleta pode cair no sedentarismo se não estiver focado na rotina de treinos. E qual o papel dos aparelhos eletrônicos nessa situação? Quando alguém fica muito tempo em frente às telas — seja de um vídeo game ou celular — é comum que o tempo de treino diminua.
Ao reduzir a quantidade de atividade física praticada diariamente, um atleta pode ter seu condicionamento físico prejudicado, assim como os resultados.
Em casos mais severos, também é possível haver um estímulo ao sedentarismo, já que a pessoa vai optar cada vez mais por interagir com os dispositivos eletrônicos.
Dependência tecnológica
Tendo uma certa relação com o tópico anterior, o uso em excesso dos dispositivos eletrônicos pode causar uma dependência deles. Esse é um fator de risco para qualquer pessoa, mas no caso dos atletas também pode impactar na motivação e comprometimento com o esporte.
Quanto mais envolvido o esportista tiver, mais tempo ele vai querer dedicar ao contato com a tecnologia. Consequentemente, menos tempo ele terá para a prática de esporte.
A vida de um atleta exige concentração constante. Contudo, caso os dispositivos eletrônicos sejam utilizados além do indicado, os esportistas podem ficar mais propensos a se distraírem durante os treinos ou até mesmo nas competições.
Lesões por esforço repetitivo
Passar longos períodos utilizando os dispositivos eletrônicos pode aumentar os riscos de lesões por esforço repetitivo — por exemplo, passar horas e horas digitando no celular. Entre os problemas decorrentes disso estão as lesões nos punhos, mãos e pescoço.
Se essas lesões já são prejudiciais, imagine para um atleta que depende do bom funcionamento dos membros do corpo para realizar suas atividades. Ou seja, o resultado pode ser ficar meses parado até conseguir realizar o tratamento para retornar a rotina.
Má qualidade do sono
Dormir bem é fundamental para a recuperação do corpo. Durante o sono, ocorre a restauração dos tecidos e dos músculos. O uso excessivo dos dispositivos eletrônicos prejudica o sono.
Isso acontece porque a luz emitida por esses aparelhos reduz a produção de melatonina — hormônio responsável por regular o relógio biológico.
Se um atleta não dorme bem, ele terá menos energia no dia seguinte. Além disso, estará mais sujeito ao estresse, desatenção e cansaço. Ou seja, sem o sono reparador não é possível ter um bom desempenho durante os treinamentos.
Problemas de visão
A luz emitida pelos dispositivos eletrônicos não atrapalham apenas o sono. Ela também é responsável por trazer prejuízos à visão — como o astigmatismo, miopia e dor de cabeça. Um dos motivos para isso é o ressecamento dos olhos quando ficamos muito tempo diante das telas.
No longo prazo, os problemas causados por esse excesso podem comprometer a visão. Com mais dificuldade para enxergar, principalmente para longe, torna-se mais difícil realizar alguns esportes.
Saúde mental
A necessidade constante de interagir nas redes sociais ou estar sempre conectado, pode trazer grandes danos à saúde mental. Doenças como a depressão e a ansiedade são exemplos de casos mais extremos.
Elas podem ser reveladas no movimento de estar sempre checando as redes sociais ou mesmo querer se isolar de outras pessoas para ficar mais tempo interagindo nos dispositivos eletrônicos.
Para os atletas, isso é prejudicial por inúmeras razões — entre elas a perda do senso de coletividade e a ausência de motivação.
Falta de tempo para a recuperação
Atletas precisam de tempo adequado para descanso e recuperação, e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode diminuir o tempo disponível para isso, aumentando o risco de lesões e a fadiga.
Lembrando que esse processo de recuperação inclui várias práticas, desde o sono de qualidade, momentos de lazer e acompanhamento com profissionais que ajudem a manter o corpo e a mente preparados para encarar a rotina no esporte.
Os aparelhos eletrônicos são apenas vilões?
Apesar de todos os riscos apresentados, é importante destacar que os aparelhos eletrônicos não são apenas vilões. Tudo depende da forma como você utiliza.
Quando é feito um bom uso da tecnologia, é possível aproveitar benefícios como:
- Medir o desempenho esportivo — os relógios inteligentes e outras tecnologias são ótimas aliadas nesse processo;
- Analisar estatísticas;
- Gerenciar horários e otimizar o tempo nos treinamentos;
- Aprender novas técnicas;
- Monitorar a saúde.
Para aproveitar esses benefícios e fugir dos riscos, é importante que o atleta encontre equilíbrio. O principal é estabelecer limites de tempo para o uso de tecnologia e priorizar o treinamento, a recuperação e o bem-estar físico e mental.
Também é fundamental buscar orientação e apoio profissional — como treinadores, fisioterapeutas e psicólogos esportivos — para ajudar a gerenciar o uso de dispositivos eletrônicos e otimizar o desempenho atlético.
Veja também: 5 dicas para escolher o tênis adequado para praticar esportes
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