De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, todos os anos 40% das pessoas com mais de 80 anos sofrem quedas, principalmente por acidentes domésticos.
“As quedas da própria altura ou de alturas convencionais (por exemplo: banco, banheiro, escadas curtas, etc.) são bastante frequentes em idosos e podem, em alguns casos, trazer complicações muito graves e potencialmente fatais. Estudos apontam que, anualmente, cerca de 30 a 40% dos idosos que vivem em comunidade vão sofrer algum tipo de queda”, afirma o Dr. Guilherme Rossoni, neurocirurgião e especialista no tratamento de doenças da coluna e dor crônica.
As quedas dentro de casa podem e devem ser evitadas com alguns cuidados básicos da família da pessoa idosa:
– Evitar o uso de tapetes em qualquer ambiente da casa;
– Colocar lâmpadas e lanternas perto da cama ou em locais de fácil acesso para o idoso;
– No guarda-roupa, evitar colocar roupas em locais altos;
– Manter fios de telefone e elétricos fora do caminho;
– Utilizar tapete antiderrapante no banheiro;
– Instalar barras de apoio nas paredes do banheiro ou onde necessário;
– Preferir box de plástico em vez de vidro;
– Utilizar cadeira de plástico durante o banho.
Veja também: Saúde Mental e Emocional na Terceira Idade: Estratégias para o Bem-Estar do Idoso
“Nesses pacientes, é muito comum o desenvolvimento de artrose/artrite, fragilidade nos ossos (osteoporose), perda de massa muscular, alterações posturais, de equilíbrio ou coordenação motora, e até mesmo distúrbios de controle da bexiga e do intestino (incontinência ou retenção de urina e fezes). Alguns podem evoluir com doenças neurológicas, ainda que com sintomas mínimos, como por exemplo, acidente vascular cerebral (AVC), tremor essencial, doença de Parkinson, esclerose múltipla, Alzheimer, etc. São pacientes que, frequentemente, fazem uso de vários medicamentos, o que chamamos de ‘polifarmácia’. Quanto maior o número de medicações associadas, maior a interação entre esses medicamentos e com o organismo, acarretando diversos efeitos colaterais que podem promover queda de pressão, tontura/vertigem, prejuízo da força, da coordenação motora e do equilíbrio.” diz Dr. Rossoni.
Não podemos deixar de mencionar, claro, que pacientes idosos podem apresentar redução da qualidade e acuidade visual por catarata ou alterações no cristalino ou retina. Outros pacientes podem desenvolver perda auditiva, o que pode prejudicar a noção de posicionamento e equilíbrio espacial. Tanto a perda de visão quanto de audição prejudicam as relações do idoso com o ambiente onde vivem, tornando-os mais vulneráveis às quedas.
De forma mais rara e grave, outras doenças avançadas, como câncer ósseo ou insuficiência renal crônica que causa fragilidade extrema dos ossos, podem provocar dor devido à instabilidade óssea ou fraturas espontâneas, sem relação com trauma ou queda. Quando ocorrem quedas nesses casos, podem resultar em lesões ainda mais graves devido à fragilidade óssea.
Veja também
Novembro Roxo: Brasil Registra Aproximadamente 300 Mil Nascimentos Prematuros Por Ano
Pediatra, Dra. Betina Costa, destaca a importância do acompanhamento médico e do apoio familiar para a recuperação e desenvolvimento saudável desses pequenos guerreiros.
Intimidade renovada: entenda os benefícios do rejuvenescimento íntimo feminino
Segundo a médica Vanessa Hildebrand, o aumento da procura por procedimentos estéticos na região íntima revela o desejo feminino por mais qualidade de vida.
Novembro Azul: Inca Estima 71 Mil Novos Casos De Câncer De Próstata Em 2024
Urologista, Dr. Octávio Campos, diz que chances de cura podem chegar a 90% com detecção precoce