Em estágios progressivos, a doença que ataca as articulações do joelho requer atenção dobrada
Como todas as doenças, a Osteoartrite (OA) tem diferentes estágios, até o comprometimento importante dos joelhos do paciente. Por isso, é importante atenção a eles, já que até um nível supostamente assintomático pode evoluir para um quadro de incômodo, inchaço e dores.
Estágio 1
Pessoas com OA em seus estágios iniciais apresentam um crescimento muito menor do esporão ósseo, que se desenvolve onde os ossos se encontram na articulação. Não há desconforto, muito menos dor, já que o desgaste da articulação ainda é pequeno. Assim, aparentemente não há tratamentos a prescrever. Porém, se o indivíduo, por algum fator, tem alguma predisposição à doença, ou corre o risco de desenvolvê-la, por exemplo, por fatores profissionais, ficar tempo demasiado em pé, o médico pode solicitar suplementos vitamínicos, glucosamina, condroitina e indicar uma rotina de exercícios, como prevenção.
Estágio 2
Trata-se do momento ideal para “flagrar” e diagnosticar a OA, impedindo sua progressão. Em conjunto com o ortopedista, uma estratégia para prevenir o agravamento da condição pode ser desenvolvida, o que inclui algumas soluções não farmacológicas: dieta, exercícios físicos, fortalecimento muscular, aliviam os sintomas. Proteger a articulação dos joelhos do esforço, usando joelheiras, também. E o uso de sapatilhas ajuda a realinhar a perna, aliviando parte da pressão exercida sobre as articulações.
Estágio 3
É o estágio tido como moderado. Nessa etapa, a cartilagem já se mostra danificada, e o espaço entre os ossos, diminuído. A rigidez articular começa a aparecer ao acordar pela manhã, ou após ficar sentado por longos períodos, inchaço e dores frequentes ao caminhar, dobrar o joelho ou ajoelhar-se, são os sintomas mais frequentes.
Fundamentalmente, antes de recorrer aos remédios, várias terapias não farmacológicas podem ser indicadas pelo médico para ajudar a aliviar a dor e os desconfortos causados pela OA.
Atividades físicas de baixo impacto, perda de peso e dieta alimentar correta auxiliam muito, assim como o uso de aparelhos e envoltórios protetores dos joelhos, caso das joelheiras.
Porém, se as terapias não farmacológicas não estiverem mais apresentando resultados, é hora dos remédios. Corticosteroides, que incluem cortisona, são muito prescritos e utilizados, não raro na forma de injeções aplicadas próximo à articulação do(s) joelho(s) afetado(s). Seus efeitos tendem a desaparecer em dois meses, e seu uso necessita de acompanhamento meticuloso pelo ortopedista – pesquisas indicam que o uso em longo prazo pode ser danoso às articulações.
A curto prazo, remédios para a dor como codeína e oxidona também podem ajudar o paciente. E pessoas que por ventura não respondem a esses tratamentos conservadores são bons candidatos à suplementação viscosa, injeções intra-articulares de ácido hialurônico. Seus resultados não costumam ser imediatos, mas o alívio dos sintomas perdura por meses.
Estágio 4
Grande dor e desconforto acompanham esse estágio, considerado grave, afetando o caminhar e os movimentos, tudo se torna mais difícil.
Isso porque, aqui, a cartilagem praticamente desapareceu, e o espaço entre os ossos é quase inexistente – a articulação encontra-se rígida, quase imóvel. Em boa parte dos casos mais graves nos joelhos, a indicação é cirúrgica.
A cirurgia do joelho
A cirurgia de realinhamento ósseo, ou osteotomia, é uma opção em casos de OA grave nos joelhos. Frequentemente executada em pacientes mais jovens, esse procedimento desloca o peso do corpo para longe dos pontos onde ocorreu o maior crescimento do esporão ósseo e danos aos ossos.
Já a artroplastia, que é a substituição total do joelho, é o último recurso para a maioria dos casos mais graves de OA no joelho. Nesse procedimento, o cirurgião remove a articulação danificada e a substitui por uma prótese.
Veja também: Osteoartrite: adiando a cirurgia
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