O chocolate é uma paixão mundial. Segundo registros, o uso do cacau no mundo começou em 1500 a.C, por civilizações como os Olmecas e Maias. Era usado para a produção de uma bebida sagrada, só servida em rituais. Com a colonização espanhola, o cacau foi levado à Europa e tornou-se um item apenas para as altas classes. O consumo como conhecemos hoje, em barras, teve início em meados do século XIV e, a partir de então, se propagou pelo mundo todo.
Porém com um alto índice calórico, virou um alimento proibido em várias dietas. A médica Dra. Nicole Nardy, pós-graduada em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein, explica que não precisa ser assim. “O chocolate pode ser benéfico se consumido com moderação e na sua forma mais “pura”, ou seja, com percentual de cacau igual ou superior a 70%. Em grande parte, bombons e sobremesas são industrializados e compostos por colorantes, conservantes e grande quantidade de açúcar refinado, por isso, devemos ter cautela nas porções. Até 30g por dia é considerado adequado, o equivalente a uma barrinha ou um bombom.”
E os benefícios do seu consumo, de acordo com a médica, estão diretamente relacionados com a sua composição. “O chocolate é fonte de magnésio, cobre, ferro, manganês, potássio, zinco, selênio, além de antioxidantes como catequinas e procianidinas, que auxiliam a inibir uma enzima responsável por elevar a pressão sanguínea. Além disso, contribui para a produção de óxido nítrico e ajuda a diminuir o nível de colesterol LDL no sangue, o famoso ‘colesterol ruim’. Seu consumo também estimula a liberação de serotonina, conhecido como hormônio do bem estar”.
Com tantos benefícios, qual o motivo de ser considerado um vilão? A resposta é simples: o excesso. Assim como qualquer alimento, quando não há um consumo controlado, aumenta a ingestão calórica o que pode acarretar em ganho de peso. “Mesmo os chocolates de alto teor de cacau ainda possuem açúcar e gordura, ingredientes que devem ser consumidos com moderação”, diz Dra. Nicole.
E existe um melhor horário do dia para comer chocolate? “Não existe nenhum consenso, mas acredita-se que quando consumido logo após a principal refeição, a absorção do chocolate seria reduzida, uma vez que o corpo estaria “ocupado” digerindo as fibras da salada, carboidratos, proteínas e gorduras”, explica.
Mesmo que pareça impossível, existem pessoas que não gostam de chocolate, apesar das opções variadas existentes. Para isso, a médica recomenda o consumo de derivados do cacau, que possuem os mesmos benefícios, como em pó, grãos ou amêndoas de cacau, nibs de cacau e manteiga de cacau.
*Dra. Nicole Nardy Paula Razuck é residente em Medicina Esportiva na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É pós-graduada em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein e formou-se em medicina pela Faculdade Santa Marcelina.
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