A busca por um corpo mais saudável, muitas vezes, passa pela vontade de eliminar alguns quilinhos extras. O caminho, nem sempre é fácil e muitas vezes gera frustração. Ainda que consigam manter dietas super restritivas, jejuns longos ou até mesmo cortarem alguns tipos de alimentos, não há sucesso no emagrecimento e a insatisfação permanece.
A médica Dra. Nicole Nardy, pós-graduada em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein, explica quais os principais erros cometidos nesse processo e orienta sobre a melhor forma de obter resultado. Segundo ela, o maior de todos os erros, é que as pessoas comem mais calorias do que o corpo gasta, quebrando a a regra número um para perda de peso: manter um déficit calórico. Outra observação é que muitos ficam presos fazendo restrições de tipos de alimento, deixando de comer carboidrato por exemplo, achando que são essas estratégias que vão trazer resultado e não levando em conta a quantidade de calorias que ingerem por dia.
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Outro erro que está atrelado é a ansiedade, a vontade de ver um resultado imediato. “Às vezes a pessoa passa a vida inteira comendo errado, e quer ver resultado em questão de semanas. Com isso, ela acaba optando por fazer uma dieta muito restrita, que não consegue manter a longo prazo”, diz.
Ainda, algumas mudanças de comportamento com a alimentação, como comendo menos e restringindo alguns alimentos, podem causar efeitos prejudiciais. “As dietas restritivas podem prejudicar a estética, entrando no efeito sanfona, deixando seu corpo com marcas e estrias, e entra em um ciclo vicioso. Você fica ansioso querendo ver resultado a curto prazo, tenta a restrição, que não consegue manter por muito tempo, fica mais ansioso ainda e chega a um ponto que você “chuta o balde” e exagera. E a culpa do exagero faz com que você volte mais uma vez para o arrependimento, na ansiedade e mais uma vez começando uma dieta restrita de novo”, informa a médica.
“O melhor jeito para manter resultados é ter uma alimentação que seja condizente com a sua realidade e com a sua rotina, procurando um atendimento especializado para entender o que funciona e o que é mais indicado para você, mantendo essa estratégia a longo prazo”, explica sobre o processo mais adequado.
Segundo a médica, as balanças não são o melhor meio de resultados. “O peso líquido na balança não é um método muito digno para avaliarmos emagrecimento ou melhora da composição corporal. Várias coisas fazem o nosso peso oscilar durante o dia, por exemplo ir ao banheiro, a ingestão hídrica e o próprio sono.”
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A médica ainda afirma que a balança não deve ser utilizada como medidor de resultado de dieta e deixa o paciente ainda mais ansioso. “O ideal é fazer uma pesagem um pouco mais especifica, chamada de Bioimpedância, que é uma balança que a maioria dos consultórios de emagrecimento tem. Geralmente, o paciente é pesado a cada 30 à 60 dias, ou com as dobras cutâneas, que são medidas com um adipômetro e faz um cálculo para ver quantidade de percentual de gordura e de massa muscular”.
E até na nossa própria casa conseguimos observar a mudança da composição corporal, como olhar no espelho e notar diferença, com a redução de medida das roupas e redução da circunferência abdominal.
*Dra. Nicole Nardy Paula Razuck é residente em Medicina Esportiva na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É pós-graduada em Nutrologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein e formou-se em medicina pela Faculdade Santa Marcelina.
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