Não se sabe ao certo quando surgiu o yoga. Uma das especulações é de que já era praticado no Vale do Indo entre 3500 e 2000 a.C. É um termo que vem do sânscrito Yugi, que significa união, jugo. Trata-se de uma prática que une exercícios respiratórios, meditação e posturas, a fim de promover relaxamento e fortalecimento muscular, trabalhando corpo e mente de forma integrada. Dessa maneira, possibilita o controle do estresse, da ansiedade, das dores e melhora no bem-estar e na disposição. Ou seja, há melhora na qualidade de vida.
Mesmo podendo ser praticado por crianças, adolescentes, adultos e idosos, é aconselhável ouvir um médico antes de iniciar os exercícios e que eles sejam feitos sob orientação de um especialista. Veja oito benefícios que a prática do yoga pode produzir:
- Reduz o estresse e a ansiedade
O yoga é capaz de reduzir a secreção de cortisol, o hormônio do estresse primário, contribuindo para a redução do problema. Vários estudos apontam a importância da prática e concluíram que o yoga pode ser um método alternativo de tratamento contra o estresse e ansiedade.
- Reduz a inflamação
A prática também é apontada como possível coadjuvante no tratamento de inflamações crônicas. A inflamação é uma resposta imune normal, mas a inflamação crônica pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes e câncer. Estudo denominado “Efeito da prática de yoga nos níveis de marcadores inflamatórios após exercícios moderados e extenuantes”, feito pela Universidade de Bangalore, na Índia, apontou que a prática regular pode proteger contra doenças inflamatórias.
- Ajuda a proteger o coração
A pressão alta é uma das principais causas de ataques cardíacos e derrames. A redução da pressão arterial pode ajudar a reduzir esses problemas. Um estudo da Faculdade de Medicina de Nagpur, na Índia, constatou que os participantes com mais de 40 anos de idade que praticavam yoga há cinco anos apresentavam pressão arterial e pulsação mais baixas do que aqueles que não praticavam.
- Tem efeito antidepressivo
O yoga pode reduzir a presença de cortisol, o hormônio do estresse, que influencia os níveis de serotonina, o neurotransmissor frequentemente associado à depressão. Sua prática, então, pode ajudar a combater a depressão. Em um estudo, também da Universidade de Bangalore, na Índia, os participantes de um programa de dependência de álcool praticaram Sudarshan Kriya, um tipo específico de yoga, que se concentra na respiração rítmica. Após duas semanas, os participantes apresentaram menos sintomas de depressão e níveis mais baixos de cortisol. Eles também tinham níveis mais baixos de ACTH, um hormônio responsável por estimular a liberação de cortisol. Outros estudos tiveram resultados semelhantes.
- Reduz a dor crônica e enxaquecas
A prática mostrou-se mais eficaz na redução da dor. Praticantes com osteoartrite nos joelhos apresentaram menos dor e melhora da função física. Fazer yoga pode ajudar a estimular também o nervo vago, o que demonstrou ser eficaz no alívio da enxaqueca.
- Melhora do sono
O fato de o yoga contribuir para relaxar e reduzir o estresse favorece um sono de melhor qualidade. A prática também tem efeitos na melatonina, que é o hormônio que regula sono e vigília.
- Melhora a flexibilidade, o balanço e o alongamento
Há vários trabalhos apontando que praticar as posturas do yoga regularmente pode otimizar a flexibilidade, o equilíbrio e o alongamento. Estudo realizado pela Universidade Chinesa de Hong Kong também apontou, além desses benefícios, melhora cardiorrespiratória.
- Induz hábitos alimentares saudáveis
A diminuição da ansiedade, que pode levar a uma compulsão alimentar, e o maior autocontrole resultantes do yoga contribuem para reduzir a compulsão. O incentivo à atenção plena promovido pela prática constante do yoga pode ser usado para ajudar a promover a alimentação consciente e hábitos alimentares saudáveis, como o mindful eating*.
* Mindful Eating ou comer com atenção plena é estar no momento presente, é estar consciente do corpo, dos pensamentos e das sensações, é sentir os aromas, texturas e sabores dos alimentos sem julgamentos e críticas. É conseguir reconhecer e diferenciar quando se está com fome ou com vontade de comer, se é uma fome física ou emocional/psicológica (nutrir ou nos confortar), é saber a hora exata de parar de comer (saciedade). Alimentação consciente vai muito além do que apenas prestar atenção na hora da refeição, comendo devagar e sem distrações.
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