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Especialista explica como exaustão pode afetar na produção do leite das mulheres

Escrito por:Redação SO.U + Bem Estar |

Especialista fala sobre a importância da rede de apoio para minimizar a exaustão e maximizar a produção de leite das mães.

Os primeiros meses de vida de uma criança são desafiadores para as famílias. Os cuidados intensivos do recém-nascido e as mudanças na rotina podem ser ainda mais exaustivos para as mães. O cansaço físico e emocional, associado ao estresse, pode interferir na produção do leite.

Segundo a fonoaudióloga e especialista em aleitamento materno, Eliza Carvalho, A liberação do leite materno durante a amamentação acontece a partir da ocitocina, um hormônio que promove a contração das glândulas mamárias. “Os níveis elevados de estresse, que levam à produção de hormônios como adrenalina e cortisol pode reduzir a ocitocina e dificultar o aleitamento”.

Ela explica que a prolactina, hormônio responsável por estimular a produção do leite materno, também pode sofrer interferências em decorrência da exaustão. Por isso é tão importante que a mãe tenha uma rede de apoio para tornar o processo de amamentação mais fácil.

“A rede vai fazer com que a mulher passe por esse momento da amamentação de forma mais tranquila, sem estar sobrecarregada. Durante a amamentação, a mulher fica mais frágil, vulnerável e precisa ser ouvida”, explica Eliza. O leite materno é produzido de acordo com a demanda da criança, então, quanto mais o bebê mamar ou a mulher extrair seu leite, maior será a produção.

Especialista explica como exaustão pode afetar na produção do leite das mulheres

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O Ministério da Saúde recomenda que caso a mulher venha a ser separada da criança, deve-se extrair o leite materno de 6 a 8 vezes ao dia, inclusive durante a noite, que é quando há aumento da prolactina no organismo feminino, para manter a produção de leite.

A especialista ressalta que o momento da amamentação pode trazer dúvidas e dificuldades que são comuns. Alguns bebês apresentam dificuldades para iniciar a amamentação nos primeiros dias de vida. As causas podem estar associadas à “pega” e posição da criança ou ao uso de bicos de mamadeiras de silicone e de chupetas.

“A descida do leite pode demorar um pouco mais para acontecer em algumas mulheres. Entre as possíveis causas estão as cesarianas, fatores hormonais, partos prematuros e a obesidade. A estimulação da mama, com sucção frequente do bebê ou com extração manual, pode ajudar”, explica Eliza.

Veja também: Semana do aleitamento materno incentiva amamentação na volta ao trabalho

Outra dificuldade comum apresentada é a produção de leite acima da quantidade que o bebê consegue mamar. O problema aparece quando a mama fica muito cheia a ponto de a pele ficar esticada, causando até o endurecimento da mama ou a presença de alguns caroços.

Esse processo é chamado ingurgitamento mamário, conhecido popularmente como “leite empedrado”. Em situações mais graves, as mamas podem ficar doloridas, inchadas e com a pele avermelhada e brilhante, podendo provocar febre e mal-estar.

“Para melhorar esses sintomas o bebê deve mamar sem pressa. Além disso, a mãe pode fazer massagens suaves com movimentos circulares, iniciando sempre ao redor da aréola e realizar a retirada de um pouco de leite”, finaliza Eliza.

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