Muito embora o repouso pós treino seja essencial para a manutenção do desempenho esportivo, a grande maioria dos atletas enfrentam uma dificuldade imensa em desacelerar para simplesmente relaxar.
Ao realizar uma atividade física, promove-se modificações fisiológicas no organismo visando o aperfeiçoamento funcional. Micro rupturas das fibras musculares, depleção das reservas energéticas e perda de fluidos fazem parte do processo em resposta à atividade física.
É no repouso que os efeitos do treinamento começam a acontecer. Nesse período, o organismo readapta-se ao estresse submetido, ganha forças para reorganizar-se, repor as reservas energéticas e reparar lesões teciduais.
O período de recuperação é fundamental para que corpo consiga repor suas perdas, reparar seus danos e incrementar sua qualidade de resposta.
Se não houver tempo suficiente para recuperação e reparação, o corpo sofrerá danos constantes até que lesões de maiores proporções o obrigue a parar.
A falta de adequação do repouso dentro da rotina de treinamento pode conduzir o corpo a um ciclo catabólico (de desconstrução) que venha a comprometer a condição muscular, gerando dores e lesões; depressão do sistema imunológico; comprometimento do sono e do humor; e prejuízos imensuráveis em todos os âmbitos de vida.
Mesmo visto muitos vezes como vilão, o repouso deve ser organizado de tal modo que o organismo consiga obter os benefícios salutares advindos da prática esportiva e conquiste novos patamares. O equilíbrio saudável entre prática esportiva e recuperação deve considerar adequações não apenas na planilha de treinamento recheada de modalidades, intensidades e volumes mas também levar em conta a rotina da vida da pessoa como um todo.
Um claro exemplo disso é de um pai de família, advogado e maratonista. A ânsia por atingir os objetivos da tão sonhada maratona podem cair por terra se não houver uma sincronização de tarefas. Administrar a vida pessoal, profissional e familiar impactam diretamente na qualidade de vida do atleta e indiretamente naqueles que convivem seja no trabalho seja em casa. Se por um lado a atividade física traz benefícios para a saúde e para o bem estar, na falta de uma recuperação adequada podemos comprometer não só a nossa saúde como a saúde de nossas relações.
Quando o esforço é descansar
Para a prevenção de lesões, uma boa recuperação favorecerá a manutenção do padrão adequado e almejado do recrutamento neuromuscular. No caso dos treinamentos de alta intensidade (grandes velocidades) pode-se em muito aumentar as chances de lesão no sistema estrutural (músculos, tendões, ligamentos e ossos) caso o sistema não esteja preparado convenientemente para receber este estímulo. No caso do advogado em questão é imprescindível adaptar a planilha de treinamento de modo a torná-lo consistente tanto fisiologicamente como psicologicamente. A “dosificação” do repouso com a rotina de treinamento para a maratona vai dar a consistência metabólica necessária a consolidação de uma nova rotina sem prejuízo da sua vida pessoal.
Repouso não é portanto sinônimo de inatividade. Repouso é a interrupção de um processo catabólico exaustivo.
Recuperar-se é respeitar as respostas fisiológicas normais decorrentes de um estresse que promoverá fortalecimento do corpo.
É através do descanso que o sistema autonômico do corpo, sistema involuntário inconsciente, consegue nos curar, proporcionar nossa reconstrução física, mental e nos conectar com as forças mais vitais de criação.
Assim, ter a disciplina para conseguir repousar a culpa é o descanso que o corpo precisa.
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