Diversos estudos internacionais realizados por cientistas e pesquisadores do mundo inteiro nos últimos anos, comprovaram que a prática de esportes aumenta a atividade dos neurônios nas áreas cerebrais relacionadas às emoções, bem como à memória e à capacidade de raciocínio.
Além disso, sabe-se que a atividade física é um excelente anti-inflamatório e que a depressão está relacionada a doenças inflamatórias ou a um aumento de atividade inflamatória no sistema nervoso. Assim, o exercício físico atua como um protetor para essa doença.
O fato de não existir uma modalidade específica que seja mais indicada contra a depressão e a ansiedade pode facilitar a adesão à atividade física, porque permite à pessoa escolher aquela em que sinta melhor, que mais se encaixe no seu perfil. E opções não faltam: caminhada, natação, hidroginástica, corrida, tênis, vôlei, musculação, spinning, artes marciais, dança, dentre outros. Encontre aquele em que você se sinta melhor e consiga manter a prática regular.
Em relação à maneira de praticar, tanto sessões únicas de exercício de moderado a intenso, quanto o exercício moderado regular comprovaram ser benéficas para a melhora da saúde mental. O importante é que seja um exercício que deixe o praticante moderadamente cansado. Arrumar a casa e caminhar entre um setor e outro da empresa, por exemplo, são considerados exercícios leves.
Aliás, vale sempre lembrar da importância de consultar um cardiologista antes de começar a treinar e de procurar um profissional que o oriente na prática. Também é importante ressaltar que a atividade física, mesmo que leve, sempre é melhor que o sedentarismo.
Segundo as pesquisas, o melhor horário do dia para a atividade física é pela manhã, o que não precisa ser uma regra. Do ponto de vista prático, o melhor horário é aquele no qual você consiga encaixar melhor em sua rotina, de forma que outras atividades não prejudiquem sua prática.
É fundamental ressaltar que a atividade esportiva é considerada um tratamento complementar para pessoas que estão tratando depressão ou ansiedade. Ela não substitui a medicação indicada.
Referências:
Griffin ÉW
Jennifer J. Heisz
Sama F Sleiman
Neurobiology of Learning and Memory
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