A coluna vertebral, como se sabe, é composta de vértebras que se estendem da pelve à parte superior do tronco. Responsável por manter a postura e o equilíbrio, a coluna fornece estabilidade e sustenta a metade superior do corpo humano. Portanto, qualquer tipo de desalinhamento da coluna pode afetar igualmente outras regiões do corpo. A coluna normal não tem curvaturas quando se olha de frente, mas possui curvas fisiológicas (normais) quando olhada de lado, que são a lordose (no pescoço e lombar) e a cifose (no tórax).
Na prática, o alinhamento da coluna saudável vai além da postura correta – ele ajuda a prevenir muitos outros problemas que podem aparecer a longo prazo, em casos de desalinhamento. E esses problemas certamente impactarão na qualidade de vida das pessoas.
Diagnóstico
O desalinhamento de coluna, não raro, é diagnosticado pelo próprio paciente. Não exatamente através de dores lombares, que em parte dos casos podem desaparecer em algumas poucas semanas, com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Mas basta a pessoa olhar no espelho para observar que, sim, está com problemas posturais (ex: ombros caídos, “corcunda”, etc).
A postura correta consiste em ombros alinhados, sem assimetrias da cintura e tórax, olhando de frente; e pescoço na mesma linha do quadril, olhando de lado, mantendo as curvaturas fisiológicas (cifose e lordose) congruentes. Ortopedistas e fisioterapeutas conseguem identificar os pacientes que não seguem esses padrões a partir de testes. Assim, é definido o melhor tratamento para cada caso. Antes disso, porém, é melhor evitar o problema: uma alteração em uma determinada região da coluna vertebral quase sempre resulta em mudanças em toda a coluna, como “compensação” para que a posição do tronco e o equilíbrio sejam preservados.
Sintomas
Quando a coluna está desalinhada, ao longo do tempo o corpo vai emitindo sinais de que algo não vai bem – e não falamos aqui apenas de “dores nas costas”, que no princípio geralmente são bem leves. Isso se dá porque junto às vértebras existem estruturas nervosas vitais – os nervos, que ligam a medula espinhal aos músculos do corpo humano, e que vão do tronco às pernas. O que acontece a partir do desalinhamento é um efeito em cadeia de sintomas variados. E o mais surpreendente é que esses sintomas não se resumem a incômodos e dores locais, podendo ser extremamente diversificados, chegando inclusive aos pés – literalmente.
Má postura (ou falta de consciência postural), sedentarismo, obesidade, tabagismo, envelhecimento, hereditariedade, distúrbios advindos da profissão (como agachar e/ou levantar peso excessivo com frequência), carregar mochilas pesadas – crianças também estão sujeitas – figuram entre os fatores de risco para o desalinhamento de coluna. Além de dores, os primeiros sinais de desalinhamento de coluna envolvem também desconforto ao sentar, ficar de pé ou mesmo deitar; sensação de formigamento nos pés (eventualmente, também nas mãos); excesso de fadiga; e até um pé de sapato gasto muito tempo antes do outro (devido ao caminhar irregular).
O desalinhamento de coluna pode acarretar:
- dores e incômodos contínuos na coluna;
- dores de cabeça;
- dores no pescoço, joelho e quadril;
- mobilidade reduzida: desconforto em alguns movimentos, e até ao caminhar;
- problemas no nervo ciático;
- problemas respiratórios;
- fratura de vértebras.
É importante observar que bons hábitos no dia a dia, como cuidar da postura corporal (inclusive ao dormir) e aprender a pegar pesos corretamente, entre outros, podem a longo prazo fazer a diferença na preservação da saúde da coluna.
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