Não é incomum ouvirmos pessoas próximas reclamarem de dores nos pés, ao acordar, se levantar ou caminhar. Muitas vezes, achamos que pode ser algo comum e não damos a devida atenção à queixa. Porém, como em tudo no nosso corpo, precisamos estar muito atentos aos sinais, para facilitar o diagnóstico o quanto antes. Os sintomas citados acima, por exemplo, podem indicar que a pessoa esteja sofrendo com fascite plantar.
A condição é uma das principais queixas de dores no pé. É caracterizada pela inflamação da fáscia plantar, um tecido fibroso e pouco elástico, que recobre toda a musculatura da sola do pé, indo do osso do calcanhar até os dedos.
“Estima-se que entre 3,6% a 7% da população tenha Fasceíte plantar, que acomete de igual forma homens e mulheres. E é algo que costuma aparecer por volta dos 40 aos 60 anos de idade”, explica o ortopedista, especialista em pé e tornozelo, Dr. Bruno Lee.
Veja também: Meu pé que me aguenta o dia inteiro!
Entre as principais causas para seu aparecimento, estão:
- Obesidade (IMC acima de 30)
- Pé cavo, plano ou com padrões anómalos de marcha
- Após doenças inflamatórias sistêmicas
- Uso de salto por longos períodos de tempo
- Ficar muito tempo em pé durante o dia
- Atividades físicas que sobrecarreguem os pés (caminhada, corrida, ballet, salto)
O principal sintoma da Fasceíte plantar é a dor no calcanhar, como se fosse uma pontada. Essa, costuma ser intensa ao acordar, melhorando ao caminhar e piorando quando há repouso prolongado. “Ao sentir esse tipo de incômodo é necessário ir ao médico para que seja identificada. Na maioria das vezes o diagnóstico da fascite é clínico e podem ser pedidos outros exames, como radiografia, ressonância e cintilografia óssea, para diagnóstico diferencial, ou seja, excluir outras possibilidades para os sintomas”, diz o médico.
Ao ser diagnosticada, o tratamento pode incluir repouso com compressa de gelo no local, fisioterapia, uso de palmilhas especiais, anti-inflamatório para controle da dor, uso de talas durante a noite e, se o problema foi causado por obesidade, é recomendada a perda de peso. “A intervenção cirúrgica também é uma opção de tratamento. Porém, mais de 80% dos casos não precisam do procedimento, sendo resolvidos com medidas menos invasivas”, conta Dr. Lee.
Veja também: Nas alturas: a importância da escolha correta do salto para não prejudicar os pés
Segundo o médico, ainda, a fascite plantar é uma condição que pode ser prevenida, com algumas medidas simples. Entre elas o controle do peso, alongamento dos músculos da parte inferior do corpo, fortalecimento da musculatura, ter orientação adequada ao praticar atividades físicas e prestando atenção para escolher o melhor calçado.
*Dr. Bruno Lee formou-se na Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo,e se especializou no atendimento de pacientes com patologias do pé e tornozelo. Tendo praticado inúmeras atividades esportivas durante sua vida, o médico integra seu conhecimento técnico ao esportivo, unindo o conhecimento anatômico, patológico e funcional para o alcance do melhor resultado no tratamento. Nos últimos anos, buscou continuamente o aperfeiçoamento nas técnicas minimamente invasivas para tratamento das patologias dos pés.
Veja também
Novembro Roxo: Brasil Registra Aproximadamente 300 Mil Nascimentos Prematuros Por Ano
Pediatra, Dra. Betina Costa, destaca a importância do acompanhamento médico e do apoio familiar para a recuperação e desenvolvimento saudável desses pequenos guerreiros.
Intimidade renovada: entenda os benefícios do rejuvenescimento íntimo feminino
Segundo a médica Vanessa Hildebrand, o aumento da procura por procedimentos estéticos na região íntima revela o desejo feminino por mais qualidade de vida.
Novembro Azul: Inca Estima 71 Mil Novos Casos De Câncer De Próstata Em 2024
Urologista, Dr. Octávio Campos, diz que chances de cura podem chegar a 90% com detecção precoce