Ortopedia

A substituição total de joelho é processo de reaprendizado com final feliz

Escrito por:Dr. Pedro Baches Jorge | 5 minutos de leitura

A substituição total de joelho é processo de reaprendizado com final feliz

Em uma cirurgia de substituição total de joelho, a intervenção em si é apenas o primeiro passo de um processo.

Voltar à rotina será apenas uma questão de tempo. No momento em que a força muscular aumentar, e o paciente se sentir mais confortável, ele aprenderá como seu novo joelho se comportará durante as atividades básicas, como andar, dirigir, subir escadas e praticar esportes.

Após a cirurgia

O ortopedista estabelece um cronograma de etapas de recuperação ao longo do primeiro ano, intermediado por consultas periódicas de monitoramento. Esse período poderá ser maior ou menor, dependendo de como paciente está se recuperando e dos resultados alcançados.

De certa forma, é também uma etapa de aprendizado, onde o paciente começa a se adaptar aos cuidados necessários em seu dia a dia, a lidar com situações rotineiras como transferir-se cuidadosamente da cama para o sofá (e vice-versa), ou aprender a andar com o auxílio de um andador e muletas. Paralelamente, um cronograma de exercícios a serem executados em casa é estabelecido, e que mesmo que não hajam consultas marcadas, o paciente deve reportar ao médico ou ao fisioterapeuta os progressos obtidos nessa fase.

A recuperação

O processo de restabelecimento é individual e particular para cada paciente. Dessa forma, é importante que, em conjunto com a equipe médica que o atende, ele siga as metas realizáveis em seu processo de reabilitação, que por sua vez levam em conta seu biotipo e constituição corporal antes da cirurgia.

Todas as etapas e progressos são monitoradas pelo cirurgião e pelo fisioterapeuta, incluindo níveis de dor (e sua diminuição), cicatrização, mobilidade, o progresso no flexionar e estender o joelho.

Na medida em que se recupera, é parte fundamental do processo que o paciente siga à risca o calendário de consultas que será estabelecido para que novas etapas do tratamento sejam planejadas.

Mobilidade e flexibilidade

Ao ir ao consultório médico, o paciente já está trabalhando fisicamente aos poucos a sua locomoção.  Com o avanço na mobilidade, na maioria dos casos, em pouco tempo o paciente restabelece a habilidade de flexionar o joelho e realizar tarefas caseiras sem incômodos.

Medicação

Ao paciente após a cirurgia são prescritos medicamentos, não só para controle da dor, mas para prevenção de infecções. Cada etapa da recuperação é planejada pelo médico, e as medicações diminuirão à medida em que o paciente melhorar.

No quadro pós-cirúrgico, é importante também que sejam relatadas ao médico quaisquer alterações de saúde – até uma ida ao dentista deve ser comunicada. Tomar suplementos alimentares e vitamínicos não é proibido, mas estes também precisam ser relatados ao ortopedista, por conta de uma possível interação negativa com os medicamentos prescritos.

A alta

Joelho funcionando corretamente

A alta, será dada quando o cirurgião verificar que o joelho artificial já está funcionando corretamente. Até lá, sintomas como dor, inchaço, dormência e rigidez no local são normais, e não significam que há algo de errado.

Sobre o autor

Médico Ortopedista, especializado em Joelho e Medicina do Esporte. Fundador do Núcleo de Medicina do Esporte do Hospital Sírio Libanês e Membro do Grupo de Trauma Esportivo da Santa Casa de São Paulo. Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE) e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) Clínica SO.U – Unidade Bela Vista R. Barata Ribeiro, 398 - 3º andar - Bela Vista, São Paulo - SP, 01308-000 Tel.: +55 (11) 3258-1706 http://www.clinicasou.com.br

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