Oncologia

Câncer no Intestino: Sinais de Alerta!

Escrito por:Redação SO.U + Bem Estar |

O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é uma doença que afeta o intestino grosso e o reto. Ele é um dos tipos mais comuns de câncer em todo o mundo, com uma incidência crescente nos últimos anos.

Entretanto, embora seja uma doença grave, o câncer de intestino pode ser tratado com sucesso se for detectado precocemente. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais e sintomas que podem indicar a presença da doença.

Neste artigo, o *Dr. Marcos Hyppolito, Cirurgião do Aparelho Digestivo e Coloproctologista, explica os principais detalhes sobre esse assunto

Quais são os sinais de alerta para câncer no intestino?

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino ou cólon e reto, pode apresentar diferentes sinais de alerta. É importante lembrar que esses sintomas também podem estar relacionados a condições não cancerígenas, mas, se você estiver preocupado com sua saúde, é sempre melhor consultar um médico para avaliação adequada. Aqui estão alguns sinais de alerta comuns do câncer de intestino:

  • Mudanças nos hábitos intestinais: Isso inclui diarreia persistente ou constipação, alterações na consistência das fezes ou na forma (fezes finas), sensação de esvaziamento incompleto do intestino após a evacuação.
  • Sangramento retal: Sangue nas fezes, seja visível a olho nu (fezes com sangue vermelho vivo) ou oculto (sangue que só pode ser detectado por exames laboratoriais).
  • Anemia inexplicada: Redução no número de glóbulos vermelhos no sangue, que pode causar fraqueza, fadiga e falta de ar.
  • Dor abdominal persistente: Dor persistente, desconforto ou cólicas abdominais sem uma causa aparente.
  • Perda de peso inexplicada: Perda de peso significativa sem uma razão aparente, especialmente se ocorrer em um curto período de tempo.
  • Sensação de plenitude ou inchaço abdominal: Sensação de plenitude mesmo após uma refeição leve, inchaço abdominal persistente ou distensão.
  • Fraqueza e fadiga: Sensação de cansaço extremo ou falta de energia sem motivo aparente.
  • Náuseas ou vômitos persistentes: Náuseas frequentes ou vômitos que ocorrem sem motivo aparente ou persistem por um período prolongado.

Lembre-se de que esses sintomas não são exclusivos do câncer de intestino e podem estar associados a outras condições de saúde. No entanto, se você estiver experimentando esses sinais de alerta ou tiver preocupações, é recomendável consultar um médico para uma avaliação adequada e um diagnóstico preciso.

Câncer no Intestino Sinais de Alerta!

Como é feito o diagnóstico e quais são os exames envolvidos?

O diagnóstico do câncer de intestino é geralmente feito por meio de uma combinação de exames clínicos, exames de imagem e exames laboratoriais. Aqui estão alguns dos principais métodos diagnósticos utilizados:

  • História clínica e exame físico: O médico irá fazer uma entrevista detalhada para obter informações sobre os sintomas, histórico médico pessoal e familiar, além de realizar um exame físico para detectar quaisquer anormalidades.
  • Exames de sangue: Exames de sangue podem ser realizados para verificar os níveis de certas substâncias, como o antígeno carcinoembrionário (CEA), que pode estar elevado em casos de câncer de intestino. No entanto, esses exames não são específicos para o câncer de intestino e podem ser influenciados por outras condições.
  • Colonoscopia: É um exame no qual um tubo flexível com uma câmera na ponta é inserido no reto e no intestino grosso. Isso permite que o médico visualize o revestimento interno do intestino grosso e do reto, procurando por pólipos ou outros sinais de câncer. Se forem encontradas anormalidades, pequenas amostras de tecido (biópsias) podem ser retiradas para análise posterior.
  • Exames de imagem: Vários exames de imagem podem ser usados para ajudar a diagnosticar o câncer de intestino ou avaliar sua extensão. Isso inclui radiografias simples, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassonografia abdominal. Esses exames podem ajudar a identificar tumores, metástases e outras anormalidades no intestino e nos órgãos próximos.
  • Enema opaco: Nesse exame, um contraste é introduzido no intestino grosso através do reto, e então radiografias são tiradas. Isso pode ajudar a identificar pólipos, tumores ou outras anormalidades no intestino grosso.
  • Sigmoidoscopia flexível: É semelhante à colonoscopia, mas examina apenas a parte inferior do intestino grosso (chamada de sigmoide) e o reto.

Após o diagnóstico de câncer de intestino, podem ser necessários outros exames para determinar a extensão da doença e o estadiamento do câncer, como exames de imagem adicionais, biópsias de gânglios linfáticos ou outros órgãos, ou exames de sangue específicos.

O diagnóstico do câncer de intestino deve ser realizado por um médico especializado, como um gastroenterologista, coloproctologista ou oncologista. Eles poderão avaliar os sintomas, solicitar os exames apropriados e interpretar os resultados para chegar a um diagnóstico preciso.

Existem fatores de risco que levam a manifestação dessa forma de câncer?

O câncer de intestino pode ter vários fatores de risco associados. Alguns dos principais fatores de risco para o câncer de intestino incluem:

  • Idade avançada: A maioria dos casos de câncer de intestino ocorre em pessoas com mais de 50 anos de idade. O risco aumenta à medida que a idade avança.
  • Histórico pessoal de pólipos intestinais ou câncer: Pessoas que já tiveram pólipos intestinais ou câncer de intestino no passado têm um risco maior de desenvolver a doença novamente.
  • Histórico familiar de câncer de intestino: Ter parentes de primeiro grau (pais, irmãos, filhos) com câncer de intestino aumenta o risco de desenvolver a doença. Especialmente se o parente teve o câncer em idade jovem ou se houver vários familiares afetados.
  • Síndromes hereditárias: Algumas síndromes genéticas hereditárias, como a síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário não polipóide) e a polipose adenomatosa familiar (FAP), estão associadas a um risco significativamente maior de câncer de intestino.
  • Dieta não saudável: Consumo excessivo de alimentos ricos em gordura animal, carnes vermelhas processadas (como salsichas e bacon), baixo consumo de fibras e vegetais, além de uma dieta pobre em frutas e vegetais, pode aumentar o risco de câncer de intestino.
  • Sedentarismo e obesidade: A falta de atividade física regular e a obesidade estão relacionadas a um maior risco de câncer de intestino.
  • Tabagismo e consumo de álcool: Fumar tabaco e consumir álcool em excesso estão associados a um aumento do risco de desenvolver câncer de intestino.
  • Doenças inflamatórias intestinais: Pessoas com doenças inflamatórias crônicas do intestino, como colite ulcerativa ou doença de Crohn, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de intestino.

Ter um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que uma pessoa desenvolverá câncer de intestino. Por outro lado, algumas pessoas podem desenvolver a doença mesmo sem apresentar nenhum fator de risco conhecido.

Qual é o tratamento para o câncer no intestino e como ele ajuda a controlar a doença?

O tratamento do câncer no intestino pode variar dependendo do estágio e da extensão da doença, bem como das características individuais do paciente. Os principais métodos de tratamento incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia. Em muitos casos, esses métodos são combinados para obter melhores resultados.

  • Cirurgia: A cirurgia é frequentemente a primeira opção de tratamento para o câncer no intestino. O objetivo é remover o tumor, juntamente com os tecidos circundantes afetados. Em alguns casos, pode ser necessário remover parte do intestino afetado ou, em casos mais graves, realizar uma cirurgia para criar uma colostomia ou ileostomia, que são aberturas na parede abdominal para eliminar os resíduos do corpo.
  • Radioterapia: A radioterapia envolve o uso de radiação de alta energia para destruir células cancerígenas ou impedir seu crescimento. Pode ser administrada antes da cirurgia para encolher o tumor e torná-lo mais fácil de ser removido, ou após a cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes. A radioterapia também pode ser usada para aliviar sintomas em casos de câncer avançado.
  • Quimioterapia: A quimioterapia usa medicamentos para destruir as células cancerígenas em todo o corpo. Esses medicamentos podem ser administrados por via oral ou por meio de uma veia. A quimioterapia pode ser usada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, após a cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes, ou como tratamento principal em casos de câncer avançado que não pode ser curado.
  • Terapia-alvo: A terapia-alvo envolve o uso de medicamentos que atacam especificamente as alterações genéticas ou proteínas presentes nas células cancerígenas. Esses medicamentos são projetados para bloquear o crescimento e a disseminação do câncer. A terapia-alvo pode ser usada em conjunto com a quimioterapia ou como tratamento único, dependendo do tipo de câncer no intestino e das características genéticas do tumor.
  • Imunoterapia: A imunoterapia é um tipo de tratamento que estimula o sistema imunológico do próprio paciente a combater as células cancerígenas. Pode ser administrada por meio de medicamentos que ativam o sistema imunológico ou que bloqueiam as proteínas que impedem a resposta imunológica contra o câncer. A imunoterapia é frequentemente utilizada em casos de câncer no intestino avançado ou metastático.

O médico especialista determinará o plano de tratamento mais adequado para cada caso específico. Além disso, o suporte de uma equipe multidisciplinar, incluindo oncologistas, cirurgiões, radiologistas, enfermeiros e psicólogos, é essencial para garantir o melhor controle da doença e a qualidade de vida do paciente.

Quais são as complicações mais comuns associadas ao câncer no intestino e como elas podem ser prevenidas?

O câncer de intestino pode apresentar uma série de complicações. As complicações mais comuns associadas a essa doença incluem:

  • Obstrução intestinal: À medida que o tumor cresce, ele pode bloquear parcial ou completamente o intestino, levando a sintomas como dor abdominal, distensão, náuseas, vômitos e constipação. A obstrução intestinal requer atenção médica imediata e pode exigir intervenção cirúrgica.
  • Perfuração intestinal: Em casos avançados, o câncer de intestino pode levar à perfuração do intestino, permitindo que as fezes vazem para a cavidade abdominal. Isso resulta em uma condição grave conhecida como peritonite, que requer tratamento de emergência.
  • Metástases: O câncer de intestino pode se espalhar para outras partes do corpo, como o fígado, pulmões e ossos, através do sistema linfático ou pela corrente sanguínea. As metástases podem causar sintomas adicionais, dependendo da localização do câncer.
  • Anemia: O câncer de intestino pode causar sangramento crônico, resultando em anemia. Os sintomas de anemia incluem fraqueza, fadiga, falta de ar e palidez. O tratamento do câncer e a correção do sangramento podem ajudar a resolver a anemia.

Também pode haver complicações relacionadas ao tratamento: Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem causar uma variedade de efeitos colaterais, como fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, problemas de pele e baixa contagem de células sanguíneas.

Quais são as medidas preventivas recomendadas para pessoas com risco de desenvolver a doença?

A prevenção do câncer de intestino envolve várias medidas, incluindo:

  • Rastreamento regular: A realização de exames de rastreamento, como colonoscopia, sigmoidoscopia flexível, testes de sangue oculto nas fezes e colonografia por tomografia computadorizada, pode ajudar a detectar precocemente pólipos ou tumores no intestino antes que se tornem malignos.
  • Alimentação saudável: Uma dieta rica em fibras, frutas, legumes e grãos integrais, e pobre em gorduras saturadas e processadas, está associada a um menor risco de câncer de intestino. O consumo moderado de álcool e evitar o tabagismo também são recomendados.
  • Atividade física: Manter um estilo de vida ativo e praticar exercícios está regularmente relacionado a um menor risco de câncer de intestino.
  • Controle de peso: Manter um peso saudável reduz o risco de desenvolver câncer de intestino. Caso esteja acima do peso, é recomendado buscar um programa de perda de peso supervisionado por um profissional de saúde.
  • Limitar o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e hormônios: O uso prolongado de AINE

Lembramos que a agilidade no tratamento é um ponto importante para o sucesso dele. Então fique atento aos sinais do seu corpo!

*Dr. Marcos Hyppolito, Proctologista e Cirurgião Geral, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões atuando nos principais hospitais de São Paulo como Sírio Libanês, Albert Einstein, Nove de Julho e Oswaldo Cruz.

Sobre o autor

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