A mulher brasileira entra na menopausa quando tem, em média, 48 anos de idade e o início da transição e a irregularidade menstrual começam 10 anos antes da menopausa em si. Além disso, 73,1% delas sentem os sintomas do climatério (entre eles, as ondas de calor) no período entre a pré-menopausa e a menopausa e 78,4%, na pós-menopausa. A conclusão é de um amplo estudo brasileiro que traçou o perfil da mulher brasileira na menopausa, publicado na revista científica Climateric.
Segundo a ginecologista, Manuela Azevedo, na menopausa muitas novidades chegam na vida das mulheres, o sono pode ficar com uma qualidade pior, ela começa a ganhar peso com a mesma alimentação e mesma atividade física, além de sentir uma diminuição do desejo sexual.
Justamente por afetar diferentes aspectos da vida da mulher, a menopausa requer um olhar ampliado e multidisciplinar, ou seja, de profissionais de diferentes áreas da saúde. “Nós temos que mudar o estilo de vida dessa mulher, colocar uma alimentação diferenciada, dieta, atividade física e se necessário uma suplementação”, relata.
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Além do olhar multidisciplinar, o tratamento da menopausa deve ser personalizado e específico para as necessidades de cada mulher. “Em alguns casos é importante repor a testosterona, não só pela questão do desejo sexual, mas também para massa muscular, para manter massa óssea”, explica a médica.
Outro sintoma que afeta a vida dessas mulheres são as ondas de calor. Durante a menopausa elas estão ligadas à diminuição do estrogênio, o principal hormônio feminino. Normalmente, elas surgem de maneira súbita, especialmente durante a noite, enquanto a mulher está dormindo, provocando um calor intenso na região do tórax e uma sensação de opressão. O desconforto pode ser tão intenso que algumas mulheres relatam sentir o rosto queimando e o suor escorrendo.
Segundo Manuela, a reposição hormonal é o tratamento mais efetivo para ondas de calor e, em geral, são justamente elas que motivam as pacientes a buscarem o tratamento, especialmente nos casos em que as ondas sãos mais intensas.
“Nós, mulheres, temos que nos cuidar sempre, mas a partir dos 40 anos, o cuidado vai ser um pouco maior para vivermos bem, manter a qualidade de vida e envelhecer com saúde”, finaliza a médica.
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