Esporte de alta intensidade, o crossfit ganhou fama de ser uma atividade física que provoca muitas lesões. No entanto, estudos têm demonstrado que o índice de lesão é inferior ao de muitos outros esportes. Afinal, o Crossfit é ou não vilão da prática de exercícios?
O tema foi discutido no webinar promovido pela Clínica SO.U na última quinta-feira, dia 14 de maio, e que teve as presenças dos médicos Jan Willen Cerf Sprey, ortopedista e especialista em medicina esportiva; Pedro Baches Jorge, ortopedista especialista em joelho e oncologia ortopédica; João Roberto Polydoro Rosa, especialista em ombro e cotovelo, e dos convidados especiais, Victor Grasoff, HeadCoach da Crossfit Higienópolis e do fisioterapeuta Claudio Roberto.
O dr. Jan ressaltou estudo realizado nos EUA em 2010 que comprovaram a eficácia do Crossfit no aumento da eficiência metabólica, cardiovascular e geral do corpo, bem como na definição muscular.
Outra pesquisa, publicada no The Journal of Strength & Conditioning Research, obteve resultados semelhantes e apontou que, a cada mil horas de treino, há 3,1 lesões no crossfit, enquanto no futebol é de 7,8 e, no judô, 16,3.
Quanto às lesões, um trabalho científico conduzido pelo próprio dr. Jan, e publicado na revista Orthopaedic Journal of Sports Medicine, apontou que 31% dos praticantes de crossfit já sofreram alguma lesão desde que começaram a treinar. O índice é semelhante ao de outras práticas esportivas como musculação, ginástica olímpica, corrida e triatlo tanto em atletas competitivos quanto recreacionais.
O que se pode concluir é que o Crossfit pode causar lesões como qualquer outro esporte, mas machuca menos do que os de contato. De acordo com o dr. Jan, entre os que sofreram lesões, as principais causas apontadas foram sobrepeso e técnicas erradas. Para os palestrantes, os dados reforçam a importância de o praticante ter um treinador próximo e dedicado, já que as causas apontadas poderiam ser evitadas por ele.
Pesquisa da University of Rochester School of Medicine and Dentistry (EUA) comprovou. O estudo avaliou o nível de envolvimento dos treinadores de crossfit nas aulas e identificou que aqueles que oferecem mais orientação tiveram uma taxa menor de alunos com lesões.
O motivo é que o treinador pode alertar para o excesso de carga, controlar a intensidade do exercício, ou mesmo diminuir a complexidade de movimentos. Para Victor, se a aula for realizada dentro do limite de cada um, com orientação e adaptação dos exercícios para cada faixa etária, perfil e experiência do praticante, o crossfit é muito benéfico.
Claudio Roberto, ressaltou. a importância da “ativação” antes do treino e de fazer alongamentos com movimentos de 30 segundo cada um. Isso vai reduzir muito os riscos de lesões.
O webinar mostrou que o Crossfit não é um vilão causador de lesões e apontou a importância do papel do coach para reduzir os riscos de contusões, da “ativação” e alongamento antes do treino.
O próximo webinar vai abordar crossfit e joelho, e contará com a participação do Dr. Pedro Baches Jorge, ortopedista especializado em joelho e medicina do esporte.
Assista na íntegra o Webinar realizado em 14/05/2020
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