“Prefiro correr na rua porque, além da sensação de liberdade, posso variar os diferentes tipos de treinos, seja em longas distâncias, ou percursos menores”, analisa a nutricionista Celia Regina Bittencourt, também professora de educação física e corredora. Assim como ela, é comum entre pessoas que treinam caminhadas e corridas a polarização do que é mais apropriado: correr na rua ou em esteiras?
Os argumentos da professora são válidos. Além da liberdade nos diferentes tipos de treinamentos, há a possibilidade da escolha do terreno (grama, asfalto, concreto) e a liberdade da rua, principalmente se o percurso em questão eventualmente envolver um parque ou áreas verdes, além, é claro, da ausência de tédio.
Na esteira ou na rua?
O impacto gerado no corpo é um fato. Nas esteiras, ele é minimizado por um mecanismo de absorção de impacto, uma placa comprimida por onde a esteira desliza. Fora delas, nas ruas, além do impacto, há pedras, buracos, raízes de árvores, enfim, um arsenal de perigos a ser driblado. O lado favorável, afirmam especialistas, é que o corpo fica mais protegido por ter que se ajustar rapidamente às superfícies irregulares, tendões, ossos, músculos e ligamentos ficam mais alertas a eventuais problemas, em comparação aos que não são tão exigidos.
A polêmica sai das esteiras e ruas e passa também pela neurologia. Correr na rua significa correr sobre o que está parado – no caso, o solo. Em termos de movimento, é como se “empurrássemos” o chão para trás. Essa é a leitura do cérebro. Vejamos então as esteiras. O movimento, a pisada, a corrida, é o mesmo, mas como ela rola para trás, precisamos nos movimentar para a frente. No primeiro caso, somos senhores da situação, usando o solo como queremos; já na esteira, é preciso correr atrás do piso, do jeito que ele quer. E isso, dizem especialistas, é bom.
A grande diferença em correr sobre esteiras está no trabalho feito com nosso sistema nervoso. Estudo da revista Medicine & Science in Sports & Exercise explica que, uma vez que os comandos neurológicos acionados para correr em esteiras são diferentes do que correr no chão, o cérebro é estimulado de maneiras diferentes, realizando novas conexões neurais. E isso é bom na prevenção de doenças neurais degenerativas (leia-se Alzheimer).
Conclusão: o melhor dos dois mundos é variar o terreno da corrida, seja na esteira, na grama, na descida, no concreto, e estimular o cérebro de diferentes maneiras.
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