A função
Em geral, a vitamina D equilibra o sistema imunológico e tem efeito “imunomodulador” em várias células do sistema imunológico, incluindo monócitos, macrófagos, células dendríticas (DCs), bem como linfócitos T e linfócitos B, modulando assim as respostas imunes inatas e adaptativas.
Além de facilitar o funcionamento normal do sistema imunológico, ele também regula a absorção de cálcio e fósforo. Obter uma quantidade suficiente de vitamina D é, portanto, importante para o crescimento e desenvolvimento normal dos ossos e dos dentes e para aumentar a resistência contra certas doenças. Sem a quantidade ideal de vitamina D, uma pessoa pode ter problemas como osteoporose.
Produção
A vitamina D pode ser obtida por meio da alimentação ou a partir do colesterol que é sintetizado pela incidência de raios UVB do sol sobre a pele, sendo responsável por 80% a 90% da vitamina que o corpo produz. A deficiência de vitamina D é considerada um problema de saúde global, causado principalmente pela exposição insuficiente à luz solar. Estima-se que 1 bilhão de pessoas tenham deficiência ou insuficiência de vitamina D em todo o mundo, sendo particularmente prevalente entre idosos.
Como a maior parte da vitamina D presente no organismo resulta da exposição solar, alguns fatores podem prejudicar a produção, como passar muito tempo dentro de casa ou escritórios, viver em uma área com alta poluição, usar protetor solar e ter a pele escura, pois quanto mais altos são os níveis de melanina, menos melanina a pele pode absorver. Um estudo publicado em 2010 nos Estados Unidos apontava que, no geral, 41,6% da população do país tinha deficiência de vitamina D, sendo que a maior taxa era observada em negros (82,1%) e hispânicos (69,2%).
Insuficiência e diagnóstico
A vitamina D é necessária para a absorção de cálcio, elemento que desempenha um papel fundamental na manutenção da resistência e integridade óssea. Por isso, evitar a deficiência da vitamina D e cálcio é fundamental para manter a saúde óssea e proteger contra doenças como a osteoporose, uma condição caracterizada por ossos fracos e quebradiços.
Adultos com níveis insuficientes de vitamina D podem sentir cansaço, dores e uma sensação geral de mal-estar. Em casos mais severos, uma pessoa pode sentir, além da dor nos ossos ou músculos, sensação de fraqueza, ter dificuldade para subir escadas, levantar-se e andar cambaleando. Ainda podem ocorrer fraturas por estresse, especialmente nas pernas, pélvis e quadris.
Os médicos podem diagnosticar deficiência de vitamina D realizando um simples exame de sangue. Caso a pessoa apresente deficiência, o médico pode pedir um exame raio-X para verificar a resistência dos ossos.
Se o diagnóstico apontar a deficiência, o médico pode receitar a ingestão diária de suplementos de vitamina D. A pessoa também deve procurar se expor mais ao sol e ingerir alimentos capazes de fornecer a vitamina, tais como salmão, sardinha, atum (mesmo o enlatado) e ovos.
Veja também:
Cálcio Fundamental para a saúde
Outros efeitos positivos
Além dos efeitos positivos amplamente aceitos pela ciência, a vitamina D pode proporcionar outras melhorias às pessoas com níveis normais. Tais como:
- Combate a doenças – Estudos publicados em 2006 no Journal of the American Medical Association, em 2008 na Circulation Trusted Source e outro, em 2010, no American Journal of Clinical NutritionTrusted Source, apontam que, ao reduzir o risco de esclerose múltipla, a vitamina D diminui a chance de uma pessoa desenvolver doenças cardíacas e também ajuda a reduzir a probabilidade de desenvolver gripe.
- Depressão – Uma pesquisa mostrou que a vitamina D pode desempenhar um papel importante na regulação do humor e no afastamento da depressão. Cientistas notaram melhora no quadro de pessoas com depressão que receberam suplementos de vitamina D.
Em outro estudo com pessoas com fibromialgia, os pesquisadores descobriram que a deficiência de vitamina D era mais comum em pessoas que também apresentavam ansiedade e depressão.
- Perda de peso – Em um estudo, as pessoas que tomaram um suplemento diário de cálcio e vitamina D conseguiram perder mais peso do que aquelas que tomaram placebo. Os cientistas disseram que o cálcio e a vitamina D extras têm um efeito inibidor do apetite. Em outro estudo, pessoas com sobrepeso que tomaram um suplemento diário de vitamina D melhoraram seus marcadores de risco de doenças cardíacas.
Efeitos colaterais
É comum ouvirmos que a diferença entre o remédio e o veneno está na dosagem. Isso vale também para o excesso de vitamina D no organismo, que pode causar os seguintes efeitos colaterais:
- Toxidade – Os níveis elevados de vitamina D são considerados potencialmente prejudiciais. Os sintomas de toxicidade foram relatados em níveis sanguíneos extremamente elevados resultantes de megadoses.
- Nível elevado de cálcio – Tomar muita vitamina D pode resultar na absorção excessiva de cálcio e aumentar sua presença no sangue, o que pode causar vários sintomas como distúrbios digestivos (vômitos, náuseas e dores de estômago), dor de estômago, constipação ou diarreia, fadiga, tontura e confusão, sede excessiva e micção frequente.
- Perda óssea – Embora a vitamina D seja necessária para a absorção de cálcio, níveis elevados podem causar perda óssea ao interferir na atividade da vitamina K2.
- Lesão renal – O excesso de vitamina D e a toxicidade resultante podem causar lesão renal em pessoas com rins saudáveis, bem como naquelas com doença renal estabelecida.
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