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Cirurgia de Redução das Mamas (Gigantomastia): Qual a indicação?

Escrito por:Redação SO.U + Bem Estar |

A cirurgia de redução de mamas ganha mais força a cada dia. Jovens e mulheres procuram por meio da cirurgia aliviar o desconforto físico que seios grandes demais acabam trazendo.

Você sabia que além das cirurgias para aumento dos seios, também existem procedimentos focados na redução de mamas (gigantomastia)?. Eles ganharam força nos últimos anos e atendem mulheres tanto com objetivo estético quanto de saúde.

Essa cirurgia pode ser motivada por inúmeros fatores. Entre eles há o desconforto físico, chegando a causar dores, e o fator emocional, quando aquela pessoa não se sente confortável com o tamanho dos seios.

Ao longo deste artigo, você aprenderá mais sobre a gigantomastia, como é feito o procedimento, pós-operatório e benefícios do procedimento. Para isso, o cirurgião plástico Dr. Luiz Fernando Campos, solucionará as dúvidas mais comuns sobre a gigantomastia.

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O que é a gigantomastia?

A gigantomastia é o crescimento excessivo das mamas. Essa hipertrofia pode causar incômodo e pode atingir apenas um ou os dois seios. De acordo com o Dr. Luiz Fernando Campos, esse desenvolvimento é “desproporcional à estrutura física [da mulher]”.

Atualmente, a gigantomastia não tem apenas um motivo para acontecer. A compreensão dos especialistas é que as causas podem ser ligadas à genética, trauma, alterações hormonais e até medicamentos.

O certo é que essa condição ainda não tem causa definida. Entretanto, ela pode ter solução com a ajuda de um médico especializado e uma avaliação minuciosa. Assim, pode haver um procedimento cirúrgico para redução.

Quando uma mama pode ser considerada desproporcional ao corpo?

A respeito disso, o cirurgião plástico responde: “Alguns lugares classificam mamas a partir de 1 kg ou 1,2 kg. Mas na verdade, não existe um tamanho predeterminado”.

Assim, deve-se realizar uma proporção. Ou seja, se aquele tamanho de seio for desproporcional ao tamanho da mulher, seja de dimensão de tronco ou mesmo de altura, pode ser um problema.

“A mama que seria grande em uma mulher de 1,80m poderia ser gigante em uma mulher de 1,50m, por exemplo”, pontua o especialista.

Gigantomastia

Quais podem ser os danos à saúde caso a cirurgia não seja feita?

Quando não tratada, a gigantomastia pode acarretar uma série de problemas que podem prejudicar a saúde da pessoa. Os sintomas de dor podem ser agravados, diminuindo de forma significativa a qualidade de vida.

Pode acarretar em dor nos ombros, assaduras na pele, perda de sensibilidade nas aréolas e/ou nos mamilos”, afirma o cirurgião plástico. Outras complicações da gigantomastia podem ser:

  • dor crônica: o peso das mamas pode levar ao surgimento de dores na região das costas, pescoço e ombros. Essa sobrecarga, inclusive, afeta a musculatura;
  • dificuldade respiratória: em alguns casos, é possível que a pressão no diafragma, causada pelas mamas, afete a respiração;
  • mudança na postura: é possível que a postura seja alterada, incluindo modificações da curvatura dos ombros;
  • problemas emocionais: a condição também pode afetar o psicológico. Agindo diretamente na autoestima e confiança.

A cirurgia de redução de mamas pode ser a solução para aliviar os sintomas que a pessoa pode sentir como consequência do tamanho acentuado dos seios. Com ela é possível proporcionar uma melhoria na qualidade de vida e alívio nos sintomas.

Entretanto, antes de decidir pela cirurgia, faça uma consulta com um especialista. Ele vai indicar o melhor caminho para a solução do problema sem causar mais danos à saúde do paciente.

Como é feita a cirurgia de Gigantomastia?

A cirurgia de gigantomastia, ou mamoplastia redutora, é feita por um especialista na área, que é o cirurgião plástico. O médico que fará o procedimento escolhe qual é o melhor caminho a ser seguido, pois esse fator depende das particularidades do paciente.

Após a avaliação do médico e dos exames necessários, o procedimento começará com a aplicação da anestesia no paciente. “[O procedimento] geralmente, é feito com anestesia geral ou peridural”, comenta o Dr. Luiz Fernando Campos.

Ao anestesiar da forma correta, a paciente não sentirá dor ou desconforto durante o procedimento. Porém, a escolha da anestesia utilizada é feita pela equipe médica, buscando o melhor caminho para cada caso.

Quando o procedimento inicia, o cirurgião faz a incisão na pele, em forma de T invertido e seguindo o desenho da aréola dos seios. Após isso é feita a extração do tecido mamário que está em excesso.

Nesta etapa, o especialista remove gordura e pele, na quantidade necessária para cada pessoa. Apesar de ter o foco nessa retirada, o cirurgião busca preservar o tecido glandular e a vascularização, além de manter a sensibilidade na região.

Durante o procedimento é feito um reposicionamento dos mamilos para que eles fiquem centralizados nas mamas. Após a finalização das etapas citadas, é realizado o fechamento das incisões. Esse movimento é feito com pontos e/ou adesivos.

Do começo ao fim, é esperado que o procedimento dure de 2 a 4 horas, mas esse tempo é variável e depende da complexidade de cada caso. Logo após o procedimento, é necessário realizar todas as atividades dentro do indicado pelo seu médico.

Quais são os cuidados pré e pós-operatórios?

Para realizar um procedimento invasivo, como é o caso de uma cirurgia, existem recomendações que devem ser seguidas, tanto no pré quanto no pós-operatório. O especialista explica algumas medidas necessárias.

“Para evitar riscos de sangramento e trombose, [é indicado] parar de tomar remédios como anticoncepcional, anticoagulantes e hormônios. Se tiver alguma doença como diabetes ou pressão alta, ela precisa estar controlada”, explica ele.

Além disso, se a paciente for fumante, deve suspender o hábito por no mínimo 6 meses, podendo ser indicado até 1 ano de pausa. Essa medida é indicada para evitar necrose, já que existe um alto risco do paciente que é fumante desenvolver o quadro.

Antes de realizar a cirurgia, é necessário fazer diversos exames como hemograma, coagulograma, urina, mamografia, ultrassonografia e ECG. Geralmente a ultra-sonografia é realizada para todas as pacientes e a mamografia em pacientes com mais de 35 anos

Os cuidados continuam após o procedimento. Levantar peso ou mesmo os braços é altamente contraindicado. É necessário evitar impactos, utilizar sutiã cirúrgico e manter uma alimentação saudável.

Em adição a isso, comparecer às consultas de acompanhamento pós-cirúrgico é fundamental. Nesse momento o médico pode tirar as suas dúvidas, checar como está a cicatrização das incisões, dentre outros.

Existem contra indicações à cirurgia?

Primeiramente, a redução de mamas não deve ser feita por pacientes com menos de 16 anos, pois estas não estão com o seu desenvolvimento ginecológico finalizado. Em adição a isso, seguindo o especialista, existem outras contraindicações para estar atento, como:

  • diabetes não controlada;
  • doença cardíaca descompensada;
  • trombose ou embolias recorrentes;
  • fumantes;
  • gestantes.

Além disso, é importante que o paciente compreenda o peso de um procedimento desta natureza e todas as recomendações que são feitas no pré e pós-cirúrgico. Quando essa compreensão não é possível, o procedimento pode não ser indicado.

No caso de pacientes obesos, é indicado que se faça uma reeducação alimentar antes do procedimento. Essa mudança ajudará a melhorar o resultado da cirurgia e a diminuir os riscos.

Cada uma das condições citadas devem ser avaliadas com o seu médico. Por conta disso, é necessário levar informações verdadeiras e exames atualizados, esse alinhamento servirá para minimizar as possíveis complicações que possam surgir.

Ao longo deste artigo você pôde aprender mais sobre a cirurgia de redução das mamas, também conhecida como gigantomastia. Ainda conferiu a respeito dos principais riscos e cuidados pré e pós-operatórios.

Veja também: Assimetria das Mamas. Mês da Escoliose

 

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