Após uma pausa prolongada você decidi que é hora de voltar aos treinos e recuperar o pique. Mas, se driblar a preguiça já não é uma tarefa muito fácil, eliminar as dores provenientes de uma retomada sem cuidados pode ser maior ainda. Cadu Ramos*, fisioterapeuta de SP, conta que distinguir se uma dor é apenas um sinal de que o músculo foi estimulado ou se é uma lesão não é uma tarefa tão simples, mas é fundamental reconhecer quando preciso buscar ajuda.
Para ajudar nessa tarefa, Cadu Ramos, que é especialista em Fisioterapia e Traumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina (EPM) – conta como identificar cada dor após o treino.
Ele revela que é comum nos dias seguintes dos treinos sentir, além de cansaço, uma dor muscular que pode até deixar a região mais rígida devido ao esforço que naturalmente gera microlesões na região. “Essa é uma resposta do organismo em defesa a esse processo inflamatório responsável pelas dores musculares depois dos exercícios. Conhecido como Dor Muscular Tardia (DMT) essa sensação de desconforto na musculatura ou de estar com o corpo “travado” é normal”, avisa.
É dor comum
A dor pós-treino dura entre 24 a 72 horas depois da atividade física e se esse desconforto não limitar a prática de exercícios, um bom alongamento e aquecimento feito aos poucos pode já amenizar o quadro.
“Só é preciso ter cautela e respeitar os limites do corpo no próximo treino ou dar mais um dia de descanso naquela semana”, orienta o fisioterapeuta.
É lesão
Se a dor não diminuir em até 72 horas, for aguda e latente daquela que parece uma pontada no músculo e vier acompanhada de hematoma, região avermelhada ou inchaço, pode ser que há uma lesão mais séria que precisa de respaldo profissional.
“É importante saber que a atividade física é sinônimo de saúde e antônimo de dor. Se qualquer incômodo não amenizar com dois dias de pausa nos treinos é essencial não negligenciar ajuda. A reabilitação, na maioria das vezes, permite o retorno aos treinos muito mais rápido e é bem mais eficaz do que a insistência em se recuperar sozinho e acabar criando um problema ainda maior”, finaliza Cadu.
*Cadu Ramos é Fisioterapeuta clínico – CREFITO 130030 | Especialista em Fisioterapia e Traumatologia – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório – Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria – trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo.
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